Abav MeetingSP debate NDC, mercado de milhas e malha no Rio com aéreas
Painel com Azul, Gol e Latam debateu temas de maior relevância na atualidade para o setor
Confira abaixo as considerações de Anderson Serafim (Azul Linhas Aéreas), Anderson Wolff (Gol Linhas Aéreas) e Camila Belinelli (Latam Airlines) sobre os assuntos.
NDC
Camila, Latam: "A ideia do NDC é sair do modelo de EDIFACT, que é tão arcaico, expandindo a quantidade de tarifas combinadas. A mudança palpável para o agente de viagens é acessar conteúdo de tarifas mais barato com experiência mais simples. A Latam tem construído a várias mãos um modelo utilizável de NDC".
Serafim, Azul: "O NDC concilia necessidade e experiência do agente oferecendo as soluções que o viajante precisa. Acreidto que agentes de viagens podem ter um ganho na prestação de serviços, tendo agilidade ao oferecer uma ampla gama de serviços ao passageiro".
Wolff, Gol: "NDC simplifica a distribuição, possibilitando autonomia ao agente para que ele possa fazer tudo em um canal só, concretizando todos os processos da venda".
Mercado de Milhas
Serafim, Azul: "No caso da Azul, começamos um trabalho intenso para criar barreiras para a compra e venda de milhas Azul, inclusive bloqueamos muitas contas. Por que? O mercado de milhas não é benéfico para nós, para o agente de viagens ou até mesmo para o viajante. Esse cliente que comprava através dos milheiros volta a estar disponível e a prestação de serviço que vai fidelizá-lo. Outra vantagem é poder oferecer ao viajante um serviço melhor. Mudança permitiu redução do custo médio das passagens com pontos, conhecer melhor o cliente e poder atendê-lo melhor. Ainda existem pequenos vendedores, então o trabalho continua".
Wolff, Gol: "O programa de fidelidade foi criado exclusivamente para fidelizar o cliente e atrair novos, então levantar barreiras foi uma linha tênue entre interromper essa atividade e prejudicar nosso cliente. A pergunta é como fechamos esses espaços sem prejudicar nossos clientes? Mas é uma atividade que precisa ser combatida."
Camila, Latam: "Na Latam, separamos em três momentos: primeiro quando estávamos distraídos e o mercado cresceu; segundo foi quando Cadier chamou de câncer da aviação e fomos questionados das nossas ações, e agora terceira fase com bloqueios de CPF e diferenciação de preços de bilhetes com milhas."
Aeroportos do Rio de Janeiro
Camila, Latam: "Mudança da portaria é vista com bons olhos pela Latam pela avaliação de oferta e demanda. Seguimos com os mesmos planos de acréscimo de oferta no Rio de Janeiro, contemplando os dois aeroportos. Mantemos os planos de ligar Santos Dumont a São Paulo, Vitória e Brasília. No fim, foi uma boa notícia porque a Delta terá um voo regular no Galeão, e aumentaremos nossa oferta doméstica no aeroporto."
Wolff, Gol: "Quando limitamos distância geográfica, reduzimos demanda para o Santos Dumont, como foi na primeira portaria. Mas agora, mantemos operações no Santos Dumont para Brasília e Congonhas, e aumentamos operação no Galeão. Ainda estamos analisando a melhor forma de ocupar esses aeroportos, mas acredito que a mudança é benéfica."
Tarifas em 2024
Camila, Latam: "Preços tem combustível, dólar e oferta como fatores. Os dois primeiros não oferecem perspectiva de mudanças que alterem o preço, talvez um certo otimismo no segundo semestre de 2024, mais ainda sem perspectivas. Na parte de oferta, a Latam não foi impactada pelo atraso na entrega de aeronaves e isso porque dentro da aérea, com presença em outros países, conseguimos fazer trocas de aeronaves em casos de atrasos."
Serafim, Azul: "Não deve haver redução dos tarifas. Expectativa é que fique no mesmo patamar com pequeno ajuste. Combustível e dólar não há projeções de melhora, além da falta de peças que está acarretando em um atraso na entrega de aeronaves. Elementos que devem fazer com que a tarifa não diminua, mas tenha um pequeno aumento."
Wolff, Gol: "Tendência é que o combustível aumente ainda, mas o cenário como um todo é muito incerto. Há muitas variantes que não temos controle ou conhecimento do que vai acontecer. Não conseguimos subir oferta devido à pressão de custos, mas precisamos melhorar o tíquete médio para suprir o cenário desafiador de 2024."