Azul, Gol e Latam respondem Procon-SP por cancelamentos de voos

Azul, Gol e Latam responderam à notificação, feita ainda na semana passada, do Procon-SP sobre os cancelamentos de voos ocorridos nos últimos dias tendo em vista o avanço da pandemia. No último dia 10, o órgão de defesa do consumidor questionou as empresas a respeito da quantidade de voos cancelados, de passageiros afetados, plano de contingência, entre outras informações.

LATAM
Como resposta à solicitação da agência, a Latam informou que foram cancelados 127 voos entre os dias 6 e 12 de janeiro em função da quarentena de funcionários; que não é possível prever a quantidade de voos impactados nos próximos 15 dias e que não é possível extrair dados apenas relacionados aos cancelamentos e remarcações em razão do afastamento dos funcionários contaminados por covid-19 ou influenza.

A companhia ainda acrescentou que tripulantes e comissários que tiveram contato próximo com pessoas que testaram positivo para os vírus também foram afastados. No que se refere à vacinação, para covid a empresa alega que exigiu que todos os funcionários fossem vacinados e para influenza informa que forneceu a aplicação em 2021.

Quanto à assistência material dos passageiros, informou que segue a resolução da agência reguladora; que, dependendo da situação específica (e da quantidade de voos), pode ser dada uma solução mais adequada aos planos dos passageiros e que a regra é flexibilizar as políticas em benefício dos consumidores. Também de acordo com o comunicado, a Latam avisa que até 8 de janeiro, das passagens comercializadas (voos domésticos e internacionais) a serem operados até o dia 22/01/2022, mais de 62 mil passagens foram reembolsadas e 206 mil passagens foram transferidas para outra data.

GOL
Já a Gol, informou que não teve nenhum cancelamento nesse período e que em caso de o passageiro estar com covid (ou apresentar sintomas) é permitido alterar ou cancelar a passagem sem custos por meio de contato com a central de atendimento e comprovação de exame ou atestado médico. Sobre a vacinação, quanto à covid, a empresa alega que exigiu a vacinação de todos os seus colaboradores e quanto à influenza, que disponibilizou a vacinação em 2021.

A companhia não disponibilizou informações sobre o quantitativo de funcionários doentes.

AZUL
A Azul assegurou que sempre há equipes de sobreaviso para cumprir com a programação, mas em razão do aumento expressivo de dispensas por conta da quarentena, não foi possível atender a demanda. A empresa alega que na tentativa de minimizar os danos sofridos oferece um voucher ao consumidor no valor de R$ 500 ou R$ 1 mil por passageiro, para uso em outras viagens.

A companhia, porém, também deixou de responder informações solicitadas pelo órgão, tais como a quantidade de consumidores que foram reacomodados ou solicitaram o reembolso e quantas reclamações foram recebidas nos seus canais de atendimento.

Sobre a exigência de vacinas e testagem dos funcionários, a Azul, segundo aponta o Procon-SP, apresentou manifestação vaga e evasiva. A empresa, ainda conforme diz o órgão, alegou não poder exigir a vacinação, mas realizou e continua realizando diversas campanhas para orientar constantemente seus tripulantes a se vacinarem. Ao Portal PANROTAS, a companhia disse ter 98% dos colaboradores vacinados.

POSIÇÃO DO PROCON-SP
Depois de receber as manifestações das companhias, o Procon-SP reiterou que, apesar de não serem as responsáveis pelos cancelamentos, os consumidores não podem ser prejudicados nos seus direitos, devendo as empresas apresentarem planejamentos antecipados com o objetivo de minimizar os riscos e acompanhamento detalhado da situação da pandemia com plano de contingência.

"O caso será encaminhado para a diretoria de fiscalização e a situação das companhias aéreas segue sendo acompanhada pelo Procon-SP", aformou a representaçòa do órgão em nota.