Rodrigo Vieira   |   18/06/2020 13:34
Atualizada em 18/06/2020 19:42

Gol prevê volta a todos os destinos no próximo verão

Companhia prevê a operação de 200 a 250 voos por dia em julho, contra 1 mil diários no mesmo mês de 2019


Divulgação
Companhia estará em 103 dos seus 154 mercados
Companhia estará em 103 dos seus 154 mercados

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, durante a live Check Point, no Portal PANROTAS, nesta quinta-feira, 18, confirmou que prevê a operação de 200 a 250 voos por dia em julho (contra 1 mil diários no mesmo mês de 2019) e acrescentou que a Gol estará de volta em 45 de suas 59 bases, e em 103 dos seus 154 mercados.

Para dezembro deste ano, a expectativa é estar entre 65% e 70% da malha doméstica. Ele também trabalha com a previsão de, no próximo verão, estar voando a todos os destinos que voava no verão passado. Não com todas as frequências, aliás, "com apenas uma fração delas", mas pelo menos alcançando todas as localidades, inclusive internacionais.

É o caso das capitais na América do Sul para as quais voa, como Lima, Santiago, Buenos Aires e Montevidéu. "A principal restrição, no caso dessas capitais, é dada pelos próprios reguladores. Tão logo haja eliminação dessas barreiras as rotas deverão voltar a ser vendidas para essas localidades, embora em uma fração das frequências regulares. Mas vislumbro estar voando para essas capitais já no próximo trimestre."

Também existe a intenção de oferecer voos na alta temporada de verão no Caribe, mas esses em especial contam com uma particularidade: “provavelmente com mais fretamentos que voos regulares”. Isso porque a negociação entre governos e parceiros privados, olhando os corredores de segurança para os voos, podem ser a forma mais rápida de garantir o retorno das operações.

"Vamos conduzir tratativas entre os países para viabilizarmos rotas e frequências em função do próprio trade, com a participação de hotéis, resorts e até mesmo governos em alguns casos. É possível que tenhamos voos ao Caribe no próximo verão, mas muitas operações estruturadas por meio do próprio trade".

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Kakinoff disse que tudo o que for previsto agora pode sofrer alterações, pois todo o cenário é inédito, mas acredita que o setor está entrando na segunda fase das operações, na qual os protocolos de segurança e saúde continuam valendo e os voos retornam de acordo com a demanda. A terceira fase, ainda sem data prevista, pois depende do controle da pandemia, seria a do retorno à normalidade e relaxamento das medidas e restrições.

SITUAÇÃO DO B737 MAX
O presidente da Gol disse ainda estar ansioso pela liberação do Boeing 737 MAX e voltou a falar da flexibilidade da frota da companhia (e dos acordos com os lessores), que permite colocar ou tirar aeronaves com mais agilidade. A previsão é de terminar o ano com 100 aeronaves.

MERCADO AINDA LENTO, MAS REAQUECENDO
O CEO do Grupo Ancoradouro, Juarez Cintra Filho, que participou da live, mediada pelo editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, disse que na sua empresa já há sinais de recuperação lenta de vendas, que devem chegar a 20% do volume pré-crise em julho. “Temos visto maior procura no nacional, mas já há vendas para Europa e Estados Unidos, principalmente para o final do ano, e por causa das oportunidades de promoções que as companhias têm feito”, revelou.

O Check Point é uma parceria da PANROTAS com a Imaginadora, e apoio da R1. Na série de líderes da aviação, já trouxemos o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier.

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