Dívida global do setor aéreo pode chegar a US$ 550 bilhões
Valor representa um aumento de US$ 120 bilhões em relação aos níveis de dívida no início de 2020
A Iata acaba de divulgar uma análise mostrando que a dívida global do setor aéreo pode subir para US$ 550 bilhões até o final do ano. Isso representa um aumento de US$ 120 bilhões em relação aos níveis de dívida no início de 2020.
Segundo a entidade, US$ 67 bilhões da nova dívida são compostos por empréstimos governamentais (US$ 50 bilhões), impostos diferidos (US$ 5 bilhões) e garantias de empréstimos (US$ 12 bilhões). Já US$ 52 bilhões são provenientes de fontes comerciais, incluindo empréstimos comerciais (US$ 23 bilhões), dívida do mercado de capitais (US$ 18 bilhões), dívida de novos arrendamentos operacionais (US$ 5 bilhões) e acesso às linhas de crédito existentes (US$ 6 bilhões).
“Mais da metade do alívio concedido pelos governos cria novos passivos. Menos de 10% serão adicionados ao patrimônio da companhia aérea. Isso muda completamente o quadro financeiro da indústria. Pagar a dívida dos governos e credores privados significará que a crise vai durar muito mais do que o tempo necessário para a demanda de passageiros se recuperar”, diz o diretor geral e CEO da associação, Alexandre de Juniac.
No total, os governos se comprometeram com US$ 123 bilhões em ajuda financeira às companhias aéreas. Desse montante, US$ 67 bilhões precisarão ser reembolsados. O saldo consiste em grande parte de subsídios salariais (US$ 34,8 bilhões), financiamento de ações (US$ 11,5 bilhões) e desoneração/subsídios fiscais (US$ 9,7 bilhões). Algo vital para as transportadoras que gastarão cerca de US$ 60 bilhões apenas no segundo trimestre de 2020.
VARIAÇÕES REGIONAIS
Os US$ 123 bilhões em ajuda financeira do governo correspondem a 14% da receita total das companhias aéreas em 2019 (US$ 838 bilhões). As variações regionais da dispersão da ajuda indicam que existem lacunas que precisam ser preenchidas.
Para as empresas norte-americanas, a ajuda prometida foi de US$ 66 bilhões, correspondendo a 25% da receita do ano passado. Já às europeias foi prometido US$ 30 bilhões e, para as companhias latino-americanas, somente US$ 0,3 bilhão.
“Um futuro difícil está à nossa frente. Contendo a covid-19 e sobrevivendo ao choque financeiro é apenas o primeiro obstáculo. Medidas de controle pós-pandemia tornarão as operações mais caras e os custos fixos terão de ser distribuídos por menos viajantes. E serão necessários investimentos para cumprir nossas metas ambientais. Além de tudo isso, as aéreas precisarão pagar dívidas massivamente aumentadas decorrentes do alívio financeiro. Depois de sobreviver à crise, a recuperação da saúde financeira será o próximo desafio para muitas delas”, finaliza de Juniac.
Segundo a entidade, US$ 67 bilhões da nova dívida são compostos por empréstimos governamentais (US$ 50 bilhões), impostos diferidos (US$ 5 bilhões) e garantias de empréstimos (US$ 12 bilhões). Já US$ 52 bilhões são provenientes de fontes comerciais, incluindo empréstimos comerciais (US$ 23 bilhões), dívida do mercado de capitais (US$ 18 bilhões), dívida de novos arrendamentos operacionais (US$ 5 bilhões) e acesso às linhas de crédito existentes (US$ 6 bilhões).
“Mais da metade do alívio concedido pelos governos cria novos passivos. Menos de 10% serão adicionados ao patrimônio da companhia aérea. Isso muda completamente o quadro financeiro da indústria. Pagar a dívida dos governos e credores privados significará que a crise vai durar muito mais do que o tempo necessário para a demanda de passageiros se recuperar”, diz o diretor geral e CEO da associação, Alexandre de Juniac.
No total, os governos se comprometeram com US$ 123 bilhões em ajuda financeira às companhias aéreas. Desse montante, US$ 67 bilhões precisarão ser reembolsados. O saldo consiste em grande parte de subsídios salariais (US$ 34,8 bilhões), financiamento de ações (US$ 11,5 bilhões) e desoneração/subsídios fiscais (US$ 9,7 bilhões). Algo vital para as transportadoras que gastarão cerca de US$ 60 bilhões apenas no segundo trimestre de 2020.
VARIAÇÕES REGIONAIS
Os US$ 123 bilhões em ajuda financeira do governo correspondem a 14% da receita total das companhias aéreas em 2019 (US$ 838 bilhões). As variações regionais da dispersão da ajuda indicam que existem lacunas que precisam ser preenchidas.
Para as empresas norte-americanas, a ajuda prometida foi de US$ 66 bilhões, correspondendo a 25% da receita do ano passado. Já às europeias foi prometido US$ 30 bilhões e, para as companhias latino-americanas, somente US$ 0,3 bilhão.
“Um futuro difícil está à nossa frente. Contendo a covid-19 e sobrevivendo ao choque financeiro é apenas o primeiro obstáculo. Medidas de controle pós-pandemia tornarão as operações mais caras e os custos fixos terão de ser distribuídos por menos viajantes. E serão necessários investimentos para cumprir nossas metas ambientais. Além de tudo isso, as aéreas precisarão pagar dívidas massivamente aumentadas decorrentes do alívio financeiro. Depois de sobreviver à crise, a recuperação da saúde financeira será o próximo desafio para muitas delas”, finaliza de Juniac.