Qual é o tamanho da malha aérea internacional do Brasil? Veja dados
Confira um panorama COMPLETO da oferta de voos, volume de rotas, participação das companhias e muito mais
O mais recente relatório de conectividade divulgado pela Embratur revela um cenário promissor para a aviação internacional no Brasil. Segundo os dados, o País tem se tornado cada vez mais conectado ao mundo, refletido em um aumento na oferta de assentos em voos internacionais.
Para 2024, por exemplo, são esperados mais de 10 milhões de assentos disponíveis para viagens entre Brasil e América do Sul e mais de 17 milhões de lugares em voos entre aeroportos brasileiros e de outras regiões do mundo.
Atualmente, 19 cidades ou aeroportos brasileiros estão ligados ao exterior por meio de voos diretos operados por 37 companhias aéreas (entre elas as três brasileiras: Azul, Gol e Latam). Esses pontos de conexão ligam nossas cidades a 58 destinos globais.
As regiões Sul, Sudeste e Nordeste concentram a maior parte desses destinos que recebem e enviam voos para o exterior. Centro-Oeste e Norte, por sua vez, têm apenas três terminais com voos internacionais ativos.
Aumento no número de assentos disponíveis
Os números indicam um crescimento constante na oferta de assentos internacionais desde 2022, quando o número de assentos disponíveis em voos internacionais cresceu 52% em relação ao período imediatamente anterior. Em 2023, houve um alta de 7% em relação ao ano anterior, e as projeções para 2024 apontam para uma nova expansão. (Veja o detalhamento na tabela abaixo)
O relatório também divide a origem dos passageiros internacionais em duas grandes categorias: América do Sul e Outras Regiões. Ambas as categorias apresentaram crescimento, refletindo a diversificação e o aumento da demanda por voos internacionais com destino ao Brasil.
Previsão de oferta de voos para o segundo semestre
De agosto a dezembro de 2024, estão previstos 34,3 mil voos internacionais, que ofertarão 8,34 milhões de assentos nestes próximos cinco meses. O destaque deste segundo semestre, claro, fica para dezembro, início da alta temporada, que lidera com 1,75 milhão de asentos e 7.218 voos internacionais.
- Agosto: 6.888 voos (1.669.429 assentos)
- Setembro: 6.666 (1.614.751 assentos)
- Outubro: 6.822 (1.654.170 assentos)
- Novembro: 6.734 voos (1.655.508 assentos)
- Dezembro: 7.218 voos (1.750.017 assentos)
- De agosto a dezembro: 34.238 voos (8.343.875 assentos)
Quais países tem mais voos para o Brasil?
Dados divulgados pela Embratur mensalmente revelam os países com mais oferta de rotas, voos e assentos para o Brasil, bem como sua participação percentual. Neste mês de agosto, por exemplo, a Argentina lidera com certa folga, respondendo por 19,67% da conexão internacional, seguida por Chile (15,96%) e EUA (14,72%).
- Argentina: 27 rotas ativas | 1.014 voos | 284.074 assentos | 19,67% de participação
- Chile: 8 rotas ativas | 1.099 voos | 239.018 assentos | 15,96% de participação
- EUA: 24 rotas ativas | 1.355 voos | 266.432 assentos | 14,72% de participação
- Portugal: 12 rotas ativas | 577 voos | 160.450 assentos | 8,38% de participação
- Panamá: 6 rotas ativas | 399 voos | 66.198 assentos | 5,79% de participação
Mais de 625 mil decolagens internacionais desde 2013
Dados divulgados pela Embratur revelam ainda que 625.049 decolagens foram realizadas e 130,6 milhões de assentos foram ofertados entre janeiro de 2013 e junho de 2024. Neste período, 198 empresas aéreas, a partir de 340 aeroportos de origem e de 52 aeroportos de destino, conectaram o Brasil com o mundo.
Neste caso, o pico de decolagens aconteceu em 2018, com 67,6 mil. No ano passado, por exemplo, chegamos a 59.817 e, neste ano, já estamos nos encaminhando para retomar os níveis pré-pandemia de 2019, quando 65,3 mil decolagens foram realizadas por todo o Brasil.
A maior parte destas decolagens partiu para América do Sul (+254 mil), seguida (de longe) por América do Norte (150,9 mil decolagens) e Europa (+142 mil). América Central (+46 mil), África (+17 mil), e Ásia (14,1 mil decolagens) fecham o ranking de 2013 a 2024 entre os continentes.
Mais um dado interessante está ligado à participação das companhias aéreas nesta conexão do Brasil com o mundo. É o caso, por exemplo, da Latam, que lidera com folga as decolagens nestes últimos nove anos. Com 24% de share de mercado, ela está bem a frente da Gol, que soma 10,2%, e da Copa Airlines, com 6,48%. Veja abaixo o Top 10.