Pedro Menezes   |   20/02/2025 09:20
Atualizada em 20/02/2025 09:32

Como os portões de embarque e desembarque são escolhidos nos aeroportos? Confira

Muita gente acredita que as companhias aéreas escolhem os portões de embarque, mas não é bem assim


Divulgação/Inframerica
Um voo pode estar planejado para um portão específico, mas se voos anteriores estiverem atrasados e ainda ocupando o espaço, o próximo voo pode precisar esperar ou ser realocado
Um voo pode estar planejado para um portão específico, mas se voos anteriores estiverem atrasados e ainda ocupando o espaço, o próximo voo pode precisar esperar ou ser realocado

"Atenção, tripulação, preparar para o pouso". Todo mundo que já viajou de avião já escutou estas palavras que vêm da cabine de comando. Logo depois, vem um "atenção, tripulação, estamos próximos ao pouso". Pouco tempo depois, já estamos em solo, quando a comissária reitera: "atenção, senhores passageiros, permaneçam sentados até a completa parada da aeronave". Até aí, tudo bem.

Quando a aeronave para completamente, os experientes logo se dão conta se aquele determinado voo será desembarcado por finger (pontes de embarque) ou remotamente (através de escadas + ônibus). No caso dos voos internacionais, em sua grande maioria, os passageiros desembarcam pelas pontes de embarque, ou seja, já saem direto no terminal. Por vezes, é a última ponte de embarque do aeroporto, obrigando aquele passageiro a andar quilômetros até chegar na parte do recolhimento de bagagens.

O mesmo acontece no procedimento de embarque. No momento em que determinado portão é designado para um certo voo, os passageiros que irão embarcar já ficam próximos, ali do lado, fazendo filas e esperando a aeronave pousar, desembarcar os passageiros e iniciar os procedimentos de embarque.

Divulgação/Inframerica
Muita gente acredita que as companhias aéreas escolhem os portões de embarque, mas, na América Latina, essa decisão geralmente é feita pela administração do aeroporto
Muita gente acredita que as companhias aéreas escolhem os portões de embarque, mas, na América Latina, essa decisão geralmente é feita pela administração do aeroporto

Todos estes procedimentos acontecem com milhares de voos pelos aeroportos brasileiros todos os dias. Mas como funciona a escolha do portão? Muita gente acredita que as companhias aéreas escolhem os portões de embarque, mas, na América Latina, essa decisão geralmente é feita pela administração do aeroporto.

E existem várias concessões com processos e sistemas diferentes, além de diversos fatores influenciam essa escolha, como detalhado por Paulo Miranda, vice-presidente executivo de Experiência do Cliente do Grupo Latam, em suas redes sociais, o qual compartilhamos aqui no Portal PANROTAS. Veja abaixo.

  • Disponibilidade – Um voo pode estar planejado para um portão específico, mas se voos anteriores estiverem atrasados e ainda ocupando o espaço, o próximo voo pode precisar esperar ou ser realocado.
  • Tamanho da aeronave – Aviões maiores, que transportam mais passageiros, costumam ter prioridade em uso de portões. Isso porque, em posições remotas, seria necessário um número muito maior de ônibus para trasladar todos os passageiros. Por exemplo, um Boeing 777, com capacidade para 410 passageiros, exigiria pelo menos 8 ônibus, enquanto um Airbus A319, com 144 assentos, precisaria de apenas 3 ônibus.
  • Necessidades dos passageiros – Voos com um número maior de passageiros que precisam de cadeiras de rodas ou assistência especial podem ser direcionados a portões mais acessíveis.
  • Restrições operacionais e de segurança – Nem todos os portões podem ser utilizados por todas as aeronaves. Aviões maiores, como o Boeing 777, precisam de mais espaço, limitando suas opções de estacionamento.
  • Otimização do pátio e segurança aeroportuária – Algumas necessidades específicas podem impactar a alocação dos portões. Na América Latina, por exemplo, terminais domésticos e internacionais são separados, o que pode reduzir a eficiência na distribuição dos portões e outros recursos operacionais.

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