Investimento de R$ 5,7 bilhões deve gerar 108 novos hotéis até 2027
Previsão de abertura de propriedades no País consta no relatório Panorama da Hotelaria Brasileira de 2023
O Brasil deve ganhar 108 novos hotéis nos próximos quatro anos, totalizando 18 mil novos leitos para a hotelaria de 93 cidades brasileiras. O investimento para abertura de novos empreendimentos hoteleiros soma R$ 5,7 bilhões. A previsão consta no relatório Panorama da Hotelaria Brasileira de 2023, produzido pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb).
O relatório analisa o desempenho de 202 hotéis e de 35 mil Unidades Habitacionais (UHs), além de revelar o pipeline de novos projetos de 15 das principais redes hoteleiras do País. Fora as análises de desempenho, o documento também apresenta uma projeção de novos empreendimentos hoteleiros em andamento no Brasil.
Segundo o levantamento, a distribuição do investimento total por segmento mostra que 27% das novas UHs são de upscale/luxo, enquanto o segmento supereconômico/econômico representa 35% da fatia. Ambos perderam espaço para o segmento midscale/upper-midscale, um segmento intermediário entre o luxo e o econômico, que totalizam 9,4 mil UHs, ou 38% dos investimentos totais em novos empreendimentos hoteleiros.
Segundo a análise, o ano de 2022 foi de recuperação para o Turismo brasileiro, com crescimento de 28% no período de janeiro a dezembro, registrando faturamentos de R$ 208 bilhões, segundo levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda segundo o relatório, a região que mais concentra novas UHs no Brasil são as regiões Sul e Sudeste, com destaque para Santa Catarina, que conta, atualmente, com 14 novos hotéis em processo de licitação ou construção.
Os hotéis de São Paulo fecharam o ano com um RevPAR 139,8% acima de 2021, mas ainda 9,7% abaixo de 2019, puxado principalmente pela ocupação que ficou 7,5% menor do que a do ano pré-pandemia, justamente pelo primeiro trimestre ainda ter sido impactado pela variante ômicron do coronavírus.