Após 1 ano com executiva dedicada, Accor vê alta do luxo no Brasil e promete mais
Pascal Visintainer, vice-presidente global de Luxo e Lifestyle da Accor, reafirma importância do mercado

A Accor Hotels dá mais uma amostra de que o Brasil é um dos protagonistas de sua estratégia global na divisão de luxo e lifestyle. O vice-presidente da área, Pascal Visintainer, está no País a negócios, sentiu a energia do carnaval do Rio de Janeiro com clientes e seguiu viagem a São Paulo, de onde assegura: as lacunas foram preenchidas e o mercado brasileiro encontrou seu caminho para entregar todo potencial às mais de 20 marcas de alto padrão da Accor pelo mundo.
Um ano atrás, o francês também estava em São Paulo para bater o martelo na contratação de uma Gerente Regional Vendas Luxo e Lifestyle para o Brasil, um cargo inédito para a rede por aqui. Danielle Andreazzi foi nomeada para um trabalho de longo prazo, mas os resultados do Brasil já entraram nos trilhos neste início de trabalho da ex-Primetour na posição, segundo Visintainer.
"É um trabalho para vários anos, mas já vimos sinais muito positivos nesse curto período. Tenho certeza de que em 2025 e 2026 veremos um mercado brasileiro borbulhante, graças ao trabalho que está sendo feito aqui e à rede da Accor, que está crescendo bastante. Estamos fazendo muitas reformas e aberturas ao redor do mundo, em diferentes marcas, como Raffles Sentosa (Singapura), Fairmont em Tóquio, em Long Beach, em Nova Orleans, em Praga... Sofitel no Egito, Raffles em Jeddah, Faena Nova York, SLS Playa Mujeres, SLS Barcelona, entre outros", aponta o VP.
São Paulo na mira?
O francês acrescenta que pretende ver aberturas no Brasil e na América do Sul em breve. A Accor trabalha em um novo projeto de hotel e residências da Faena em São Paulo e aguarda a reabertura do Sofitel Ipanema, no Rio de Janeiro, onde também tem um Fairmont.
"Também estamos em Buenos Aires, onde temos propriedades fantásticas. Estamos no México, na Colômbia, mas precisamos expandir, especialmente aqui em São Paulo. Eu adoraria ter um hotel de luxo a mais para vender, porque, quando você tem um hotel em um destino, ele se torna uma vitrine para a marca. E alguns brasileiros certamente pensarão mais no Raffles, no Sofitel ou em outras marcas de luxo e lifestyle, como SLS, se tivermos essa marca em São Paulo, por exemplo", afirma o chefão de luxo da Accor, em entrevista ao Portal PANROTAS na capital paulista.
Agente de luxo no centro da estratégia
Mas nem só em abertura e lançamentos paira a confiança de Pascal Visintainer no Brasil. Ele promete que a parceria da rede francesa com o trade brasileiro só vai se fortalecer e acredita que aí está a chave do sucesso para a Accor disparar na liderança em nosso mercado.
"A Accor é reconhecida como um dos melhores parceiros do trade de Turismo. E continuamos assim. Nosso CEO, Sébastien Bazin, realmente acredita nesse relacionamento com operadoras e consultores de luxo. Afinal, quanto mais ricas as pessoas são, menos elas fazem suas próprias reservas. Eles não têm tempo, não gostam e precisam de alguém em quem confiem", afirma o VP.
"Portanto, o consultor de viagens de luxo realmente está no centro da nossa estratégia. Eu particularmente considero esse profissional não como um cliente, mas como um integrante do meu próprio time de venda. Graças aos agentes de viagens posso fazer minhas marcas serem mais conhecidas, e assim aumento a receita dos meus hotéis."
Neste contexto, Visintainer fala com orgulho do HERA, novo programa da Accor feito para profissionais de viagens de luxo. Segundo ele, a plataforma foi construída em colaboração com agências parceiras e, além de ferramentas para conhecer os hotéis e vender mais, o HERA oferece pontos que podem ser trocados por diárias, comissões competitivas e vantagens exclusivas.
Amplitude de oferta é importante, mas representa desafios
De acordo com o VP global de Luxo e Lifestyle da Accor, o maior desafio de sua área é justamente a amplitude de oferta apresentada pela rede francesa, de mais de 20 marcas.
"Nosso principal desafio, sem dúvida, é tornar nossas marcas mais conhecidas e melhor compreendidas. O que é um Raffles? Que tipo de experiência você pode ter em um Raffles? E no Fairmont? O que será o Orient Express no futuro? O que é um SLS? O que é uma experiência verdadeiramente sofisticada?", exemplifica.
Consultores de viagens precisam saber de dezenas de milhares de hotéis ao redor do mundo. E eles não podem conhecer todos esses hotéis, não são supermáquinas. Eles conhecem alguns, mas não todos. Esse é o papel de Danielle no Brasil: tornar nossas marcas mais reconhecidas e gerar mais confiança nelas.