Beatrice Teizen   |   23/08/2022 09:12
Atualizada em 23/08/2022 09:24

TMCs Abracorp faturam quase R$ 1 bilhão em julho e superam 2019

Valor é 1,8% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19

Rawpixel.com
Valor é 1,8% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19
Valor é 1,8% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19
Dados divulgados pela Abracorp mostram que, em julho, as TMCs associadas mantiveram o ritmo de recuperação e fecharam o mês com um faturamento de R$ 987 milhões, 1,8% superior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19. No acumulado do ano, o faturamento foi de R$ 5,78 bilhões, ainda 11% abaixo de 2019, com R$ 6,53 bilhões, mas 226% acima do valor obtido em 2021, R$ 1,77 bilhão.

O destaque em julho foi o segmento aéreo, que faturou R$ 644 milhões, 65% do total da receita do setor, acima 2,82% em relação ao valor obtido em julho de 2019. “Porém, se olharmos no número de transações, o mês de julho deste ano é inferior 28% em relação ao mesmo período de 2019. Uma das formas de analisar esses dados é considerar que o perfil do viajante doméstico mudou um pouco”, avalia o presidente executivo da associação, Gervásio Tanabe.

Divulgação
Faturamento acumulado de janeiro a julho - 2019 a 2022
Faturamento acumulado de janeiro a julho - 2019 a 2022
Segundo Tanabe, a ponte aérea, por exemplo, nos trechos Congonhas/Santos Dumont e Congonhas/Brasília (ida e volta nos dois sentidos), registrou queda de 30% em bilhetes emitidos comparando julho deste ano com o mesmo mês de 2019. Os valores das tarifas, ao contrário, apresentaram aumento de 27%, o que reflete o empate técnico no faturamento. Por outro lado, a redução média geral em bilhetes emitidos ficou menor 15%. “Assim, concluímos que em alguns trechos corporativos o movimento de retomada está mais lento que em outros.” conclui.

Outro destaque no perfil de viagens corporativas é o volume de vendas internacionais. “Embora a demanda esteja crescente, o viajante corporativo ainda não retomou o fluxo das viagens internacionais registradas em 2019, parte em função da alta do dólar”, diz Tanabe.

O segmento hoteleiro, o segundo maior em faturamento dentre os onze setores analisados pela Abracorp, aponta um faturamento igual em 2022 e 2019, no mesmo período de julho, com pequena variação negativa de 2%. Algumas redes, entretanto, tiveram uma movimentação surpreendente. A hotelaria independente cresceu 1,6%, enquanto as redes reduziram vendas em 5,2%.

Divulgação
Faturamento dos onze setores analisados pela Abracorp em julho/2022 e julho/19
Faturamento dos onze setores analisados pela Abracorp em julho/2022 e julho/19
Os resultados do mês confirmam a previsão da entidade, ou seja, de fechar o ano com faturamento 20% acima de 2019.

O setor de agências de viagens chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano.

Um dos principais desafios pela frente, de acordo com Tanabe, é exatamente conseguir trazer esses trabalhadores de volta ao setor de viagens corporativas e alcançar o equilíbrio sustentável diante da alta dos custos na atividade. “A mão de obra das agências de viagens é especializada, especialmente no que se refere ao consultor. A tecnologia melhorou muito a usabilidade para o cliente, mas quanto maior a oferta na internet, mais confusa é a comparação de produtos e serviços, fazendo com que o conhecimento técnico do agente de viagens torne-se relevante”, diz Tanabe.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados