Beatrice Teizen   |   25/04/2022 11:15
Atualizada em 25/04/2022 11:46

Vendas das TMCs Abracorp em março chegam a níveis pré-pandemia

Acumulado ficou apenas 2% abaixo da marca de março de 2019, quando registrou R$ 890 milhões

De acordo com dados divulgados hoje (25) pela Abracorp, o faturamento das TMCs associadas atingiu R$ 869 milhões em março, apenas 2% abaixo da marca de março de 2019, pré-pandemia, quando registrou R$ 890 milhões. Já no acumulado do primeiro trimestre deste ano, o resultado foi de R$ 1,8 bilhão, ainda 27% abaixo dos números de três anos atrás.

Unsplash/Artem Zhukov
Acumulado ficou apenas 2% abaixo da marca de março de 2019, quando registrou R$ 890 milhões
Acumulado ficou apenas 2% abaixo da marca de março de 2019, quando registrou R$ 890 milhões
No entanto, ainda segundo informações da entidade, o faturamento está crescendo, mas o número de viajantes não segue o mesmo ritmo e registrou queda de 40% em março em relação ao mesmo mês de 2019.

"O total de bilhetes emitidos tem uma relação direta com a inflação do setor e alta dos preços, que está sendo liderado pelo setor aéreo, cujo peso no volume de transações em viagens é de quase 70%. Além disso, há uma nova tendência de redução de viagens aéreas mais curtas de alguns setores, visando a otimização do tempo, que se intensificou com a pandemia e o trabalho home office. As viagens mais longas estão retomando o seu ritmo, além de outros setores como infraestrutura, agro e logística que tem demandado muita movimentação”, afirma o presidente executivo da associação, Gervásio Tanabe.

Além disso, em março, todos os onze setores do mercado que a Abracorp analisa crescerem em relação aos anos anteriores. Serviços aéreos faturaram R$ 576 milhões, frente a R$ 300 milhões em fevereiro e R$ 577 milhões em março 2019. Outro segmento positivo foi o de hotéis, que faturou R$ 225 milhões, ficando acima dos R$ 218 milhões em 2019.

TMCS
“São boas notícias, sem dúvida, porém os resultados das agências corporativas não acompanham esse crescimento no faturamento do setor, em razão da elevação dos custos operacionais e dificuldade na contratação de mão de obra, que afetam sua produtividade”, diz Tanabe.

O setor de TMCs chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da entidade, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano.

Alguns desafios pela frente são conseguir trazer esses trabalhadores de volta e conseguir o equilíbrio sustentável diante da alta de preços. Isso tem impacto no custo dos serviços prestados pelas TMCs e outro, que o cliente aplique, definitivamente, os princípios sociais e de governança (da ESG), e assuma um papel protagonista no cenário, apoiando essa retomada de um setor muito debilitado economicamente.

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