Leonardo Ramos   |   11/06/2018 13:32

Viajantes corporativos veem benefícios na IA, mas temem ceder dados

Viajantes ainda temem revelar informações pessoais, como endereço e telefone, para inteligência artificial

Flickr/Ecole polytechnique
Viajantes ainda temem revelar informações pessoais, como endereço e telefone, para inteligência artificial
Viajantes ainda temem revelar informações pessoais, como endereço e telefone, para inteligência artificial

Os viajantes de negócios creem que a inteligência artificial (IA) pode tornar as viagens corporativas mais seguras, mas ainda hesitam quando precisam compartilhar certos tipos de dados - necessários para que ela funcione como deve. Essa é a conclusão da Sap Concur em pesquisa divulgada na última semana com profissionais do Reino Unido.

Segundo o estudo, 52% deles acreditam que a inteligencia artificial dará maior segurança nas viagens, como, por exemplo, na agilidade de prever riscos de desastres naturais; 75% veem ainda a IA como uma forma de criar experiências mais personalizadas, já que conheceriam as preferências dos viajantes.

Boa parte dos viajantes, por outro lado, relutam em revelar informações pessoais. Apenas pouco mais de metade compartilharia seus endereços de e-mail (54%) e preferências de viagem (52%), enquanto 46% aceitariam revelar seu sexo.

Quanto mais sensível a informação for em relação a privacidade do viajante, porém, menos eles estariam dispostos a compartilhar: somente 25% concordariam em revelar o endereço de sua residência, enquanto 27% proveriam sua biometria e 33% dariam o telefone da sua casa.

“De segurança a preferências de viagem, a IA mudará o cerne da experiência de viagem para melhor. No entanto, os resultados revelam uma questão de confiança que pode ser prejudicial para que essas visões se tornem realidade ”, opinou o VP sênior e diretor administrativo para Europa, Oriente Médio e África da Sap Concur, Chris Baker.

De acordo com o executivo, sistemas de IA precisam de dados para aprender, e sem eles, por mais avançada que a tecnologia seja, eles não podem melhorar. "No momento, parece que as pessoas não estão dispostas a compartilhar os mesmos dados que trocam alegremente nas redes sociais na internet todos os dias da semana", ponderou Baker.

PRIVACIDADE É A SOLUÇÃO
Na visão do executivo, cabe às empresas que constroem sistemas de inteligência artificial convencerem os clientes de que a privacidade e a proteção dos dados são objetivos centrais do que oferecem. "É sua responsabilidade mostrar que eles podem ser confiáveis, pois a menos que conquistem os consumidores, o escopo [de dados] da IA para atender às expectativas dos usuários será fundamentalmente afetado”.

Quando perguntados sobre como enxergam o futuro das viagens corporativas com suporte de IA, os entrevistados citam principalmente viagens automatizadas (23%), recomendações automáticas baseadas em eventos inesperados, como voos cancelados (19%) e ainda recomendações personalizadas de restaurantes (18%).

"O fato de 92% dos entrevistados indicarem que já haviam interagido com alguma forma de IA demonstra como a tecnologia está se tornando incorporada na vida cotidiana", diz Baker. "O desafio agora é utilizar essas plataformas para oferecer benefícios tangíveis aos viajantes", finalizou o executivo da SAP Concur.

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