Karina Cedeño   |   14/09/2018 09:00

Programas de viagens ainda evitam tarifas econômicas básicas

Essas tarifas ainda representam um desafio para os programas de viagens

Pixabay
As tarifas econômicas básicas introduzidas no ano passado por muitas companhias aéreas são geralmente mais baratas, mas vêm com restrições, e os programas de viagens corporativas ainda não estão em sintonia com elas, de acordo com recente pesquisa da Global Business Travel Association (GBTA) em parceria com a Airlines Reporting Corporation (ARC).

O estudo revela que a maioria dos programas de viagem (63%) nunca permite tarifas econômicas básicas e uma parcela ainda maior (79%) configura sua ferramenta de reservas para ocultar esse tipo de tarifa quando os viajantes não são autorizados.

"Não é surpresa ver muitos programas de viagens de negócios evitando as tarifas básicas econômicas", afirma o diretor executivo e COO da GBTA, Michael W. McCormick. “Essas tarifas representam um desafio para os programas de viagens, criando dificuldades para a visibilidade de gastos e a comparação de compras quando os acréscimos são incluídos. Além disso, os compradores de viagens estão considerando cada vez mais a preferência e a conveniência dos viajantes, pois reconhecem a importância de seu papel no recrutamento e na retenção de funcionários em uma economia com baixa taxa de desemprego”, comenta McCormick.

A pesquisa também examina outras classes de tarifas e mostra que a maioria das políticas de viagens permite a classe executiva em alguns cenários. Nove em cada dez políticas (89%) permitem isso ocasionalmente, e elas normalmente o fazem para voos longos, internacionais ou para executivos seniores. Muitos programas de viagens também estão adotando tarifas econômicas premium, que oferecem espaço extra para as pernas e outras comodidades, como embarque antecipado.

Os programas de viagens - quase que universalmente (91%) - abordam a compra antecipada de voos, com 29% exigindo esse tipo de compra e 71% a recomendando. No entanto, mesmo quando a compra antecipada é necessária, 52% dos programas não exigem aprovação especial dos voos reservados após o prazo de compra antecipada.

A reserva antecipada pode resultar em uma economia significativa, portanto, os programas de viagens precisam dar maior atenção a ela, com base nas necessidades de seus viajantes.

"Mesmo uma pequena política de compra antecipada cujo prazo seja uma semana ou mais antes da viagem pode gerar economia em comparação com os preços médios dos bilhetes aéreos", afirma o diretor de Ciência e Pesquisa de Dados da ARC, Chuck Thackston. "A compra antecipada mais longa é geralmente melhor, mas equilibrar as necessidades dos viajantes e as oportunidades de redução de custos são possíveis para a maioria das empresas", conclui o executivo.

GAMIFICAÇÃO NO AÉREO
O estudo também revelou que apenas 3% dos programas de viagem recompensam os viajantes por economizarem dinheiro em reservas aéreas. No entanto, 21% considerariam recompensar os viajantes por reservas aéreas de baixo custo ou em conformidade com as políticas.

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