Laura Enchioglo   |   17/02/2025 11:38
Atualizada em 17/02/2025 11:46

Viajante corporativo antecipa compra para fugir da alta em hospedagens, revela pesquisa

No Rio de Janeiro o aumento foi de 24% e, em Brasília, o acréscimo alcançou 26%, segundo dados da VOLL


Divulgação
Luiz Moura, cofundador da VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP
Luiz Moura, cofundador da VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP

As viagens corporativas no Brasil registraram uma forte recuperação em 2024, com destaque para o aumento expressivo na busca por hospedagem, que aponta para uma um caminho otimista este ano.

Segundo dados da VOLL, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro concentraram boa parte desse aumento, com São Paulo registrando 47% a mais que em 2023 e o Rio de Janeiro, com um salto de 67%. O valor da diária média nessas localidades também aumentou: 10% e 24%, respectivamente.

Para tentar escapar da alta dos preços e garantir a reserva diante de um crescimento tão expressivo da demanda, os viajantes corporativos passaram a antecipar suas reservas de hotel. Em 2024, a reserva de hospedagem para viagens de negócios aconteceu com uma antecedência média de três dias a mais do que em 2023, analisa o cofundador da VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP, Luiz Moura.

"A mudança no comportamento merece ser destacada porque reflete um cenário de aumento de eventos corporativos presenciais e também de atrações de lazer, como no Rio de Janeiro, por exemplo, que recebeu em 2024 o Rock in Rio, show da Madonna e o encontro do G20. Esses números indicam também que o período de permanência dos viajantes nas cidades destino tem sido maior. Isso pode estar relacionado a uma tendência de otimização: as empresas aproveitam cada deslocamento para concentrar múltiplos compromissos, como reuniões e eventos, maximizando o retorno sobre o investimento em viagens",

Luiz Moura, cofundador da VOLL e conselheiro de Turismo da FecomercioSP

Ele ainda sinaliza que, antes se falava muito do conceito de bleisure, que é a mistura de negócios (business) e lazer (leisure). Hoje, o mais atual, é considerar a experiência de blended travel.

“Nesse conceito, presume-se que não há uma interrupção da jornada corporativa para o início de uma jornada justaposta de lazer, e sim uma mistura de ambas. Em 2025, veremos isso ainda mais, pois a presença dos feriados nacionais em dias de semana — sobretudo no primeiro semestre do ano — serve também como um convite para os viajantes corporativos incluírem ali vivências de lazer na sua semana de viagem de negócios”, conclui o especialista que é também Diretor de Negócios da VOLL.

Outras cidades com aumento da diária média de hospedagens são Brasília (26%), Belo Horizonte (15%), Recife (14%), Curitiba (13%) e Fortaleza (6%).

"O segmento de viagens corporativas apresentou grandes oportunidades este ano, sobretudo no que se refere às alavancas de eficiência, experiência e redução de custos que as soluções mais digitais trouxeram para a realidade das grandes empresas. Não é à toa que o setor superou os números pré-pandêmicos, de 2019, segundo dados da Associação Global de Viagens de Negócios, a GBTA, alcançando um desempenho melhor do que o previsto para 2024. A retomada das viagens corporativas é um reflexo do fortalecimento das atividades presenciais e de um mercado mais competitivo e acessível para as grandes empresas que querem fazer negócios fora de suas cidades"

Luiz Moura, diretor de Negócios da VOLL

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