Viagens corporativas devem faturar recorde de R$ 130 bilhões em 2024
Em outubro, as viagens corporativas cresceram 6,9% para R$ 12,7 bilhões, superando o recorde anterior
O setor de viagens corporativas deve terminar o ano com recorde histórico de faturamento de R$ 130 bilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 2011, com um crescimento de 5,5%. É o que estima o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), feito pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
Em outubro, as viagens corporativas cresceram 6,9% para R$ 12,7 bilhões. O valor supera o recorde anterior, de R$ 12,4 bilhões, registrado em 2013 (ajustado pela inflação). No acumulado do ano, o setor registrou um faturamento de R$ 108,4 bilhões, um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
"A demanda por serviços de turismo tem crescido de forma consistente em diversas áreas, como transporte aéreo, hospedagem, locação de veículos e transporte rodoviário, o que tem exercido pressão sobre os preços. Como resultado, o aumento do faturamento do setor se deve, em parte, à elevação dos preços dos serviços, o que infelizmente limita um crescimento mais expressivo da produtividade, já que se gasta mais para contratar os mesmos serviços"
Diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira
Expectativas para 2025
Apesar da elevação da taxa de juros, que pode reduzir o ritmo econômico no segundo semestre de 2025, a tendência de crescimento do Turismo corporativo deve se manter. As projeções de Alagev e FecomercioSP indicam que os gastos corporativos com serviços de Turismo devem crescer 4% em 2025 para R$ 135 bilhões.
"Apesar dos desafios, como a alta nos juros, a pressão inflacionária, a escassez de mão de obra e as mudanças no PERSE, o avanço consistente do setor, tanto agora quanto nas projeções, é motivo de celebração. A expectativa é que o próximo ano comece com um ritmo mais favorável e, mesmo com alguma desaceleração no final, o saldo ainda será positivo", comenta Luana.