Setor de viagens corporativas fatura recorde de R$ 7,6 bilhões em julho
Lucro histórico do setor em julho é reflexo do contínuo aquecimento do mercado corporativo no Brasil
As despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas atingiram R$ 7,6 bilhões em julho, alta de 6% em relação ao mesmo periodo de 2023. Este faturamento marca um novo recorde histórico do período, superando o valor de R$ 7.2 bilhões, que foi apresentado no ano de 2013.
Já para os sete primeiros meses do ano, o setor acumulou despesas equivalentes a R$ 70 bilhões, alta de 4% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 67,3 bilhões), de acordo com o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
Segundo o estudo, "o lucro histórico do setor registrado em julho é reflexo do contínuo aquecimento do mercado de viagens corporativas. O aumento nas tarifas de hotéis e passagens aéreas, em conjunto com a crescente demanda por esses serviços pelo público corporativo, corroboraram com o saldo final positivo".
Já de acordo com a Anac, o preço médio das passagens aéreas sofreu uma variação ascendente de 5% entre os meses de julho de 2023 e 2024, enquanto apresentados pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) estimam que, neste mesmo período, houve um crescimento de 10,5% nas tarifas hoteleiras do País.
“O crescimento da procura desses serviços, casado com o encarecimento das suas tarifas, contribuíram para que o nosso mercado atingisse ótimos resultados no faturamento do mês de julho de 2024. É importante ressaltar que o crescimento da economia brasileira, que em relação ao ano passado foi de 2,5%, segundo o estudo de bancos, também contribuiu para que os nossos compradores continuassem a adquirir os serviços de viagens corporativas”
Luana Nogueira, diretora-executiva da Alagev
“Para os próximos meses, o mercado apresenta boas perspectivas. Estamos caminhando para fechar 2024 com um faturamento anual equivalente a R$ 165 bilhões, conforme especulado na 16ª edição da Global Business Travel (GBTA), em julho, por Suzanne Neufang, CEO da feira, garantindo, assim, uma posição de destaque no ranking mundial”, complementou a diretora.