Viagens corporativas no Brasil faturam R$ 40 bilhões até abril
Valor acumulado ao longo do primeiro quadrimestre de 2024 representa um crescimento de 4,8%
As despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas no mês de abril de 2024 atingiram R$ 11 bilhões, valor 4,8% superior em relação ao mesmo mês de 2023. É o que revela o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Alagev.
O valor acumulado ao longo do primeiro quadrimestre do ano também teve um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando um faturamento de R$ 40,1 bilhões para o setor de viagens corporativas.
O montante faturado em abril é o segundo maior ganho histórico do mês, ficando atrás apenas do lucro atingido em 2014, e há a perspectiva de que, ao longo dos próximos anos, esse recorde possa ser superado.
Isso porque os lucros dos meses de abril vêm passando por uma ascendência constante desde o período pandêmico (2020 e 2021), quando os ganhos do setor tiveram valores significativamente inferiores em função das medidas de isolamento social, que foram estabelecidas pela OMS.
Outro dado importante do LVC é que o saldo positivo do setor em abril de 2024 está relacionado com a crescente procura do público corporativo brasileiro por passagens aéreas e hospedagens. A informação foi confirmada pela Anac e pelo Fohb, que observaram um crescimento constante na demanda desses serviços desde o fim da pandemia.
Além disso, outro fator que contribuiu de forma significativa com o faturamento, foi a inflação das tarifas de passagens aéreas. Segundo o estudo, a ascendência cambial do dólar em relação ao real brasileiro tem sido a principal responsável pelo aumento dos preços deste serviço, uma vez que a moeda norte-americana é responsável por influenciar cerca de 60% dos custos das companhias aéreas.
“O faturamento do mês de abril de 2024 reflete a força crescente do nosso mercado. Para os próximos meses, enxergamos um cenário ainda mais favorável, uma vez que os espaços de eventos dos principais centros do País seguem com agendas cheias. Isso deverá impulsionar ainda mais a procura por serviços de transporte e hospedagem”, analisa a diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira.