Beatrice Teizen   |   27/02/2024 16:27
Atualizada em 27/02/2024 16:28

Com recorde em dezembro, viagens corporativas fecham 2023 em R$ 119 bilhões

Dados são do levantamento realizado pela FecomercioSP em parceria com a Alagev e divulgados no Lacte 19

PANROTAS / Filip Calixto
Guilherme Dietze, da FecomercioSP
Guilherme Dietze, da FecomercioSP

O setor de viagens e eventos corporativos movimentou R$ 118,7 bilhões no ano de 2023. É o que revela o Levantamento das Viagens Corporativas, pesquisa da FecomercioSP realizada em parceria com a Alagev. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27), no segundo e último dia de Lacte 19, pelo economista e coordenador do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Guilherme Dietze.

O montante representa uma cifra 11,4% maior que o resultado do ano anterior, já descontando a inflação do período, marcando o terceiro ano de recuperação após os impactos da crise pandêmica, em 2020, e o terceiro maior faturamento anual desde o início do levantamento, ficando abaixo apenas dos números de 2013 (R$ 120,2 bilhões) e 2014 (R$ 121,6 bilhões).

Além disso, o levantamento registrou, em dezembro do ano passado, faturamento de R$ 7,9 bilhões das empresas com serviços tradicionais de turismo, ou seja, gastos relacionados ao mercado corporativo. Este montante é 5% superior aos R$ 7,5 bilhões obtidos no mesmo período de 2022 e o maior nível de faturamento para um mês de dezembro de toda série histórica, iniciada em 2011.

De acordo com Dietze, o avanço nas receitas obtidas ao longo do ano segue atrelado ao crescimento da demanda do setor corporativo por serviços como passagens aéreas, hospedagens, alimentação e locação de veículos. No entanto, uma outra parcela relevante do aumento do faturamento está atrelada à escalada nos preços desses serviços, que se mantêm em trajetória ascendente.

"Este ano será um pouco mais lento para o setor, com um crescimento mais devagar, devido à limitação do aumento na oferta no curto prazo. Problemas na aviação, falta de mão de obra e dificuldade de recomposição, tudo isso limita os avanços de investimento, o que resulta também em preços elevados. Os gestores continuarão trabalhando com preços elevados", pontua o especialista.

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