Setor de viagens corporativas tem o melhor maio desde 2015
R$ 9,3 bilhões foram movimentados no quinto mês de 2023, de acordo com a FecomercioSP e a Alagev
As despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas alcançaram R$ 9,3 bilhões em maio deste ano no Brasil, registrando crescimento anual de 8,5%, o melhor desempenho para o período desde 2015. No acumulado do ano, o saldo é positivo em 20%, representando incremento de R$ 7,16 bilhões.
Os dados são do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
O estudo utilizou dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador antecedente do Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Banco Central. De janeiro a maio deste ano, a economia brasileira cresceu 3,61%, apresentando um vigoroso incremento em diversos segmentos, desde o agronegócio até o de serviços.
De acordo com o LVC, devido a esse cenário econômico favorável, as empresas estão aumentando os gastos em viagens, com a realização de eventos, participação em reuniões e visitas a clientes, entre outros. O mês foi propício para negócios, pois não houve interferências significativas de feriados.
Com os preços mais estáveis, os gestores de viagens corporativas conseguem fazer um planejamento de longo prazo. As passagens aéreas, por exemplo, estão com tarifas médias inferiores às do ano passado, resultado da ampliação na oferta de assentos e da redução dos custos operacionais, por conta da queda nos preços do petróleo e dólar.
Como a Alagev sinalizou na 18ª edição do evento Lacte, em fevereiro, existe uma tendência de estabilidade nos preços e previsibilidade para o planejamento ao longo do ano. Esse movimento continua favorável, e nos grandes centros, como São Paulo, a disponibilidade de espaços para o segundo semestre é limitada.
“Desde o início do ano notamos um crescimento recorde dos resultados considerando os últimos oito anos. As viagens corporativas devem continuar nesse ritmo no médio e longo prazo, pois, até o momento, não há variáveis que gerem preocupação para desestabilizar esse cenário. A perspectiva é de manter esse aumento, ainda que com porcentagens menores”, comenta a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli.