Da Redação   |   08/05/2018 08:00

Administrar estresse é essencial em cargos gerenciais

Segundo pesquisa da Isma-BR, 72% dos brasileiros sofrem consequências por um nível elevado de estresse 

A última pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) indica que 72% dos brasileiros sofrem consequências por um nível elevado de estresse. No mercado de Turismo, não é diferente. Ainda que não haja dados específicos sobre o setor, não é raro encontrar profissionais desmotivados e sobrecarregados na indústria.

De acordo com a presidente da Isma-BR, Ana Maria Rossi, o estresse nada mais é do que uma adaptação em determinada situação. O problema ocorre quando o profissional tem de lidar com muita frequência com essas questões.

“Esse acúmulo de demandas de pressões pode ser gatilho para doenças. Quando o nível de estresse se torna muito denso, a pessoa pode adoecer”, explica.

Algumas das principais complicações decorrentes da condição são hipertensão, úlcera, gastrite e insônia.

Reprodução / Pixabay
Estresse atinge 72% dos brasileiros
Estresse atinge 72% dos brasileiros
Para Ana Maria, há muitas causas para o problema, principalmente em cargos gerenciais. “A pressão do mercado, por resultados imediatos e o desafio do gestor de atender aos superiores e subordinados têm causado um nível de estresse altíssimo”, afirma.

A especialista em RH Fernanda Cecchetto concorda que líderes estão submetidos a tensões. Para ela, alguns dos fatores mais comuns são incertezas do negócio e do mercado, pressão por resultados, alta demanda de atividades e a necessidade de gerir equipes que tenham um alto desempenho, ainda que estejam cada vez mais enxutas.

HÁ SOLUÇÃO?
Ainda que seja impossível evitar o estresse, há algumas formas de minimizar os seus impactos na qualidade de vida do executivo. Para Ana Maria, é importante avaliar o que está causando esse estresse e se é possível mudar. “Se a pessoa não tem controle, não adianta ficar se rebelando. Mas se ela tem controle, precisa fazer um plano de ação para se sentir mais empoderada para lidar com isso”, diz. “A pessoa precisa ser bem realista a respeito das suas limitações e procurar não ultrapassar essas limitações por períodos prolongados. Isso ajuda a evitar o adoecimento.”

Ter um estilo de vida saudável também contribui para reduzir os efeitos do estresse. Além de se alimentar bem e praticar atividades físicas regularmente, ter um sono reparador é essencial para manter a qualidade de vida, segundo a especialista.

As empresas também podem adotar algumas medidas em prol da saúde dos colaboradores. Para Ana Maria, é fundamental que as organizações respeitem o limite de cada um. “Empresas não devem pedir que os funcionários sejam responsáveis por atividades que não tenham qualificação, equipe ou equipamento para realizar”, defende.

Fernanda acrescenta que jornadas flexíveis, benefícios flexíveis e possibilidade de home office são outras formas de amenizar o problema. Ações de descompressão como shiatsu e sala de jogos também são diferenciais. “Empresas que buscam alavancar seus resultados precisam investir na qualidade de vida de seus profissionais. O investimento em qualidade de vida afasta o estresse e aumenta a produtividade da equipe.”

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