Beatrice Teizen   |   20/04/2017 16:23

A diferença entre as obrigações legais e morais na gestão de riscos

De acordo com especialista, as empresas que tomam as abordagens mais proativas são aquelas que não veem apenas a obrigação legal, mas, sim, a responsabilidade ética corporativa.

Muitos profissionais do Turismo corporativo usam os conceitos de dever de responsabilidade (duty of care) e gestão de riscos de viagem indistintamente, mas ambos possuem significados diferentes. O primeiro abrange a “obrigação moral e legal de assumir uma responsabilidade maior pela segurança dos viajantes”, de acordo com o presidente da Christopherson Business Travel, Mike Cameron, em entrevista ao site Business Travel News.

Se um funcionário americano, por exemplo, é ferido durante o trabalho, o seguro geralmente cobre a responsabilidade da empresa, segundo o professor de Direito da Universidade de Houston, Stephen Barth. Ele explica que, a partir do momento que o colaborador fica a uma certa distância do local de negócios, a compensação não fornecerá essa cobertura.

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No entanto, o empregador tem a obrigação de proporcionar um ambiente de trabalho seguro e, quando envolve um programa global de viagens, é mais difícil saber onde ele começa e termina. Com as empresas prestando atenção ao dever de cuidado, acabam ficando sem orientação prática no contexto das viagens a negócios internacionais e da mobilidade global.

A fórmula fundamental para o gerenciamento de riscos em viagens se baseia em três pilares: avaliar os perigos, mitigá-los na medida do possível e assegurar-se contra quaisquer uns deles que não possam ser reduzidos a um nível manejável.

Segundo Cameron, a gestão deve começar com uma avaliação da exposição dos funcionários ao risco. “Por exemplo, uma empresa cujos colaboradores viajam mais domesticamente pode determinar que haja um benefício mínimo para implementar um programa sofisticado de gerenciamento”, explica.

Um equívoco comum é achar que o gerenciamento envolve apenas eventos catastróficos, como tsunamis, atividade de vulcões e ataques terroristas. Isso diminui a importância das ameaças cotidianas que podem ser tão mortais quanto. É necessário ficar atento ao básico – passaporte esquecido, funcionário doente ou até mesmo o não entendimento da cultura.

Todas as preocupações relacionadas a seguros, processos judiciais e custos são impulsionadas pela parte legal, mas, quando as empresas concentram-se na questão moral, suas ações acabam respondendo também à parte judicial. “As companhias que tomam as abordagens mais proativas são aquelas que não veem apenas a obrigação legal e, sim, a responsabilidade ética corporativa”, finaliza Barth.


*Fonte: Business Travel News

conteúdo original: http://bit.ly/2oUHgpI

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