Karina Cedeño   |   28/03/2017 09:01

Facilidades tecnológicas são o foco do viajante corporativo nos hotéis

Tomadas e entradas USB ao alcance são pequenos detalhes que podem fazer toda a diferença 

Dreamstime

Pode parecer irrelevante, mas uma das primeiras coisas que os viajantes corporativos procuram quando chegam ao quarto do hotel é uma tomada ou entrada USB, e tal fato foi reforçado por um estudo feito pela Global Business Travel Association (GBTA), segundo o qual as facilidades tecnológicas mais buscadas por estes viajantes são: mais tomadas e entradas USB (35%), oferta de serviços de streaming como Netflix e HBO (34%), e carregadores para laptops e celulares (32%).

Partindo-se desse pressuposto, é inevitável o questionamento: os hotéis brasileiros estão realmente preparados para atender às principais demandas dos viajantes corporativos? Na opinião da presidente do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Viviânne Martins, sim. "Os hotéis mais novos e os de redes já se adaptam a esta realidade, investindo em Smart TVs, tomadas modernas com entradas USB, wi-fi velozes e grátis e cartões para abertura de portas e controle", ressalta Viviânne. "Porém, a mudança depende de novos investimentos e o setor ainda sofre com a crise brasileira”, observa ela.

Uma das redes hoteleiras que tem investido bastante em novas tecnologias é a Accor, que implantou recentemente na unidade Pullman Vila Olímpia (São Paulo) um projeto piloto que conta com a abertura de portas de quartos via celular.

“Após efetuar a reserva, o cliente tem acesso a um aplicativo que habilita sua entrada no quarto”, explica o vice-presidente de Tecnologia de Informação da Accor Hotels América do Sul, Erwan Le Goff, ao site da Fecomercio.
De acordo com ele, as tecnologias mais usadas pelo viajante corporativo brasileiro durante a hospedagem envolvem o uso do smartphone, já que é com ele que o usuário pode fazer o check-in e check-out on-line, além de pedidos como room service e reservas em restaurante. “São serviços que se renovaram com o tempo e otimizam a estadia do hóspede. Lembrando que para ter todos estes recursos, ele precisa de um wi-fi que atenda às suas necessidades”, ressalta Le Goff.

A inteligência artificial será outra tendência para a hotelaria, na visão do coordenador de Marketing e Empreendedorismo da Escola de Negócios Master of Business Innovation (MBI), Marcelo Nacle.

“Por meio de big data, os hotéis podem trabalhar com os dados de quem já passou ali e gerar programas de comunicação com esses hóspedes, usando diversas plataformas. Como exemplo, é possível disponibilizar a pesquisa de satisfação, antes feita no papel, na Smart TV do quarto ou na rede do hotel, para quando o hóspede for fazer o check-out eletrônico já opinar por ali”, sugere Nacle. Tais dados também podem ser aliados a informações como o período de estadia ou os serviços que o cliente pediu, e aproveitados posteriormente para personalizar novas ofertas e fidelizar o hóspede.

E OS PEQUENOS HOTÉIS?
Por disporem de um orçamento mais enxuto, os pequenos hotéis devem analisar sua verba antes de optar pela implantação de novas tecnologias. “Ter uma quantidade mínima de tomadas, distribuídas em locais estratégicos (perto de apoio para o laptop e na cama), já ajuda bastante a experiência do hóspede. Wi-fi veloz também é fundamental, além de recursos mínimos na TV - se não for possível oferecer um serviço da Netflix, por exemplo, TV a cabo é uma opção básica”, sugere Viviânne.


*Fonte: Global Business Travel Association

conteúdo original: http://bit.ly/2nafiVz

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