Felippe Constancio   |   23/12/2016 11:25

Hotéis terão que aliar preço e conectividade, defende estudo sobre viajantes em 2030

Conforme o estudo, há seis grupos de viajantes no futuro. Confira.


Vector Open Stock/Flickr

Os hotéis têm que oferecer mais do que apenas alojamento às "novas tribos" de viajantes se quiserem competir com aqueles que têm apenas cama e teto. É o que sugere o estudo Tribos de Viajantes 2030: Para Além do Avião, da Amadeus, que aponta preço e conectividade como os diferenciais dos hotéis.

Segundo o estudo, dada a intensa competitividade a favor de novas tecnologias e da economia compartilhada de aluguel de casas e apartamentos, o desafio à indústria hoteleira se intensificará nos próximos 15 anos, mas há formas possíveis de se adiantar a tal cenário àqueles que apostarem na inovação e fidelidade dos clientes. Em outras palavras, um hotel eficiente e de baixo custo de manutenção pode se sobressair no futuro se oferecer tarifas atraentes ao mesmo tempo que oferece conectividade aos hóspedes.

Conforme o estudo, há seis grupos de viajantes: os "Viajantes por Obrigação", os "Buscadores de Simplicidade", os "Caçadores de Recompensas", os "Viajantes Éticos", os "Buscadores de Capital Social" e os "Puristas Culturais". Para cada grupo o estudo classifica os interesses particulares tanto para aeroportos quanto voos e hotéis, além de cruzeiros e tours.

Na hotelaria, ao grupo de viajantes "Buscadores de Simplicidade", por exemplo, é fundamental um check-in e um check-out rápidos, sem filas e sem burocracia. No futuro, ao chegarem a um hotel, mostrarão seus passaportes e irão direto para o quarto, deixando para a internet a tarefa de revolucionar os canais de conexão - e não mais à recepção, como vem ocorrendo com os serviços aéreos.

Ao grupo "Puristas Culturais", os hotéis terão que oferecer um ambiente mais elegante e com experiências diferenciadas, em geral a partir da gastronomia ou conceito do local.

Andrew Stawarz/Flickr
"Se hoje em dia a maioria das pessoas reserva via internet, por que não animar os clientes com programas de fidelidade ou outros benefícios para que classifiquem o hotel positivamente nas redes sociais?", indaga o estudo sugerindo atenção ao grupo "Buscadores de Capital Social", cujo perfil vê com relevância o compartilhamento de momentos da viagem na internet.

"É uma publicidade de baixo custo e específica. Não há porque não apostar nela, já que estimulará outros grupos de viajantes, como os 'Caçadores de Recompensas', que buscam serviços exclusivos."

Quanto ao grupo "Viajantes por Obrigação", que é o viajante corporativo, informação e detalhes sobre as instalações nas redes sociais pode ser fator decisivo na escolha da forma de estadia, segundo o estudo.

Outro ponto levantado pelo estudo é a necessidade de parcerias estratégicas entre hotéis e prestadores de serviços de diversos segmentos do mercado, principalmente com stakeholders de soluções com tecnologia.

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