Hotéis terão que aliar preço e conectividade, defende estudo sobre viajantes em 2030
Conforme o estudo, há seis grupos de viajantes no futuro. Confira.
Os hotéis têm que oferecer mais do que apenas alojamento às "novas tribos" de viajantes se quiserem competir com aqueles que têm apenas cama e teto. É o que sugere o estudo Tribos de Viajantes 2030: Para Além do Avião, da Amadeus, que aponta preço e conectividade como os diferenciais dos hotéis.
Segundo o estudo, dada a intensa competitividade a favor de novas tecnologias e da economia compartilhada de aluguel de casas e apartamentos, o desafio à indústria hoteleira se intensificará nos próximos 15 anos, mas há formas possíveis de se adiantar a tal cenário àqueles que apostarem na inovação e fidelidade dos clientes. Em outras palavras, um hotel eficiente e de baixo custo de manutenção pode se sobressair no futuro se oferecer tarifas atraentes ao mesmo tempo que oferece conectividade aos hóspedes.
Conforme o estudo, há seis grupos de viajantes: os "Viajantes por Obrigação", os "Buscadores de Simplicidade", os "Caçadores de Recompensas", os "Viajantes Éticos", os "Buscadores de Capital Social" e os "Puristas Culturais". Para cada grupo o estudo classifica os interesses particulares tanto para aeroportos quanto voos e hotéis, além de cruzeiros e tours.
Na hotelaria, ao grupo de viajantes "Buscadores de Simplicidade", por exemplo, é fundamental um check-in e um check-out rápidos, sem filas e sem burocracia. No futuro, ao chegarem a um hotel, mostrarão seus passaportes e irão direto para o quarto, deixando para a internet a tarefa de revolucionar os canais de conexão - e não mais à recepção, como vem ocorrendo com os serviços aéreos.
Ao grupo "Puristas Culturais", os hotéis terão que oferecer um ambiente mais elegante e com experiências diferenciadas, em geral a partir da gastronomia ou conceito do local.
"Se hoje em dia a maioria das pessoas reserva via internet, por que não animar os clientes com programas de fidelidade ou outros benefícios para que classifiquem o hotel positivamente nas redes sociais?", indaga o estudo sugerindo atenção ao grupo "Buscadores de Capital Social", cujo perfil vê com relevância o compartilhamento de momentos da viagem na internet.
"É uma publicidade de baixo custo e específica. Não há porque não apostar nela, já que estimulará outros grupos de viajantes, como os 'Caçadores de Recompensas', que buscam serviços exclusivos."
Quanto ao grupo "Viajantes por Obrigação", que é o viajante corporativo, informação e detalhes sobre as instalações nas redes sociais pode ser fator decisivo na escolha da forma de estadia, segundo o estudo.
Outro ponto levantado pelo estudo é a necessidade de parcerias estratégicas entre hotéis e prestadores de serviços de diversos segmentos do mercado, principalmente com stakeholders de soluções com tecnologia.