Beatrice Teizen   |   01/03/2021 19:46
Atualizada em 02/03/2021 11:10

Um ano depois, gestores contam aprendizados da pandemia

Tema foi debatido no segundo painel do Lacte 16, que teve início hoje, em São Paulo, no WTC Golden Hall

Como a gestão de viagens se transformou diante da pandemia de covid-19? Quais foram os aprendizados de um ano insano para os deslocamentos corporativos? Este foi o tema do segundo painel do Lacte 16, que teve início hoje (1º), em São Paulo, no WTC Golden Hall.

Reprodução
Painel no Lacte 16, moderado por Tricia Neves, da Mapie, teve a participação de Andrea Matos, do Ebanx, Marcel Frigeira, da IBM, e Carolina Ferreira, da Arcelor Mittal
Painel no Lacte 16, moderado por Tricia Neves, da Mapie, teve a participação de Andrea Matos, do Ebanx, Marcel Frigeira, da IBM, e Carolina Ferreira, da Arcelor Mittal
“A pandemia mexeu na nossa zona de conforto, em tudo que vínhamos fazendo. Surgiu uma série de inquietudes tanto de ordem pessoal, quanto de profissional, sobre se manter empregado e atualizado. Qual o novo papel do gestor, o que vai acontecer com as nossas funções, o que fazemos agora na crise e depois? É o momento de arrumar a casa, entender por onde começar e quais são as ferramentas e desafios para continuarmos atuantes no nosso mercado”, diz o gestor de Viagens para América Latina da IBM, Marcel Frigeira.

A covid-19 acelerou também muitos processos e a discussão de como transformar o travel manager em protagonista, em sair do papel de dependência na indústria e de ajudar a construir as soluções para o dia a dia deste profissional. De construir junto, com o mercado, e sair do campo da reação, da reclamação, e correr atrás do que é identificado como uma dor e necessidade.

A crise trouxe ainda a realidade que já estava se aproximando em um ritmo mais lento, onde as atividades operacionais estavam com os dias contados, sendo substituídas pela tecnologia. Com as reuniões virtuais e o home office, resistências foram deixadas para trás e este é o momento de falar da verdadeira consultoria, de adotar tecnologias que agregam conteúdos e que dão a sensação de liberdade ao viajante. Viajante este que, hoje, não está podendo viajar a trabalho, mas pode cumprir suas tarefas profissionais remotamente de onde quiser.

“Já falávamos antes e já estávamos nesse movimento do bleisure, que não era uma tendência, mas algo para ficar. Agora, as ‘viagens sem rótulo’ são o reflexo da conectividade, de poder trabalhar de outro lugar. Na nossa política de viagens, por exemplo, temos estruturado de como atender, temos todas as regras claras. Entendemos que hoje isso faz parte, as pessoas estão trabalhando de qualquer lugar, então precisamos voltar para a nossa política para normatizar isso”, afirma a gestora de Viagens do Ebanx, Andrea Matos.

Outra questão que já estava em alta e agora está ainda mais é a da sustentabilidade e de como ela impactará na escolha dos fornecedores daqui para frente. Muitas empresas são rígidas quanto à seleção dos parceiros, principalmente pelo valor de mercado delas, e o gestor de viagens precisa cuidar esta questão.

“Na IBM este já era um ponto fundamental. Tínhamos um questionário de sustentabilidade bem grande no cadastro de novos fornecedores. Também seguimos com planos de substituir a frota de veículos por carros elétricos, toda a questão de como compramos eletricidade... Tudo isso impacta e vamos buscar isso bastante na hora de encontrar novos fornecedores”, conta Frigeira.

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