Indústria de eventos precisa ter coragem e unir forças
Players, governo e contratantes devem se juntar para criar uma indústria positiva para todos
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, quarentena e isolamento social, o setor de eventos vem sendo um dos mais – se não o mais – prejudicado ao redor do mundo. O que antes era feito quase que majoritariamente presencialmente, hoje, não é mais. E como o mercado deve agir diante deste momento? Este foi o tema do encontro híbrido realizado ontem (31), uma iniciativa da Inteegra Tec e Hoffmann.
Com a presença virtual de seis especialistas da indústria de encontros, congressos e reuniões, e mais de 1,3 mil participantes durante a live transmitida no Youtube, a mensagem foi, principalmente, de união do setor, de coragem, de reinvenção e de novas práticas. Seja do lado do cliente, do fornecedor, da agência e até mesmo do público.
“A preocupação em massa é com a cadeia de fornecedores, que a receita dos eventos adiados chegue na ponta, até o freelancer e todos os outros serviços. Há também o receio do acúmulo e desafio de realizar em cinco ou seis meses tudo que deveria ser feito em 12. O que devemos ter em mente é que eventos virtuais trazem uma possibilidade, ampliam a capacidade de chegar às pessoas, mas, claro, o face to face é insubstituível”, comentou a CEO da Evento Único, Roberta Nonis.
No mercado como um todo, as pessoas ainda estão aprendendo e vendo maneiras de trabalhar, com questões como home office e férias adiantadas sendo discutidas. Entre os gestores, comitês de crise vêm sendo criados e a importância do fluxo de contingência bem desenhado vem crescendo. Em termos de contrato, em um momento de crise como esse, é preciso ser mais flexível, falar mais e usar menos as regras escritas.
“Este é um movimento importante para desaprendermos e reaprendermos que existem outras opções que não só o presencial. Não que não seja fundamental, mas acho que teremos um restante de 2020 e um 2021 pensado de maneiras diversas. A barra dos profissionais vai elevar, já que teremos uma amplitude maior das possibilidades e isso, para as empresas, são novas oportunidades”, afirmou o gerente de Eventos e Viagens na Roche, Rodrigo Cezar.
Uma questão pertinente levantada no debate foi a de patrocínios. Com os eventos à distância, será necessário redefinir e repensar o interesse do patrocinador e de que forma ele participaria. No entanto, em um encontro virtual que reúne mais de mil participantes, ele acaba impactando mais pessoas por hora do que se fosse presencial. Nesse sentido entra a demanda de planejamento estratégico das agências, de ajudarem as empresas a se conectarem de forma eficiente também no digital.
O diretor-presidente do Apresenta Rio, Pedro Guimarães, dividiu com os participantes os movimentos que a associação vem fazendo junto ao governo, focando em manter empregos no setor, em reaprender essa nova fase e em como será a retomada no futuro. Guimarães citou ainda cinco pontos que a entidade levantou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
“Pedimos atenção especial à medida provisória para atender os salários com recursos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT); apoio ao projeto de lei 869 no Senado, que fala da suspensão de impostos para empresas de atividades de entretenimento; ao projeto de lei 934 que reconhece a não necessidade de reembolso obrigatório de eventos que foram adiados; além da questão da meia-entrada de ingressos, que seja feita com dinheiro público e não privado”, explicou.
CONCLUSÃO
A ideia final com a estreia do evento híbrido foi que é preciso ter coragem para enfrentar esse momento e que é necessário discutir pontos que são polêmicos, como prazos de pagamento abusivos, concorrências com grande número de agências e cobrança de dever. Unir forças entre os players, governo e contratantes para criar um mercado positivo para todos.
“Não há mais espaço para conseguirmos segurar prazos de 60, 90 ou 120 dias. Este momento é a prova para vermos o quão frágil essas relações estavam. Não tenhamos medo da mudança. O mundo vai mudar, os empregos mudarão, mas são novas oportunidades. É um ano de adaptação, que teremos de fazer um exercício e aproveitar para aprender”, finalizou o diretor de Eventos Corporativos do MCI Group Brasil, Igor Tobias.
Com a presença virtual de seis especialistas da indústria de encontros, congressos e reuniões, e mais de 1,3 mil participantes durante a live transmitida no Youtube, a mensagem foi, principalmente, de união do setor, de coragem, de reinvenção e de novas práticas. Seja do lado do cliente, do fornecedor, da agência e até mesmo do público.
“A preocupação em massa é com a cadeia de fornecedores, que a receita dos eventos adiados chegue na ponta, até o freelancer e todos os outros serviços. Há também o receio do acúmulo e desafio de realizar em cinco ou seis meses tudo que deveria ser feito em 12. O que devemos ter em mente é que eventos virtuais trazem uma possibilidade, ampliam a capacidade de chegar às pessoas, mas, claro, o face to face é insubstituível”, comentou a CEO da Evento Único, Roberta Nonis.
No mercado como um todo, as pessoas ainda estão aprendendo e vendo maneiras de trabalhar, com questões como home office e férias adiantadas sendo discutidas. Entre os gestores, comitês de crise vêm sendo criados e a importância do fluxo de contingência bem desenhado vem crescendo. Em termos de contrato, em um momento de crise como esse, é preciso ser mais flexível, falar mais e usar menos as regras escritas.
“Este é um movimento importante para desaprendermos e reaprendermos que existem outras opções que não só o presencial. Não que não seja fundamental, mas acho que teremos um restante de 2020 e um 2021 pensado de maneiras diversas. A barra dos profissionais vai elevar, já que teremos uma amplitude maior das possibilidades e isso, para as empresas, são novas oportunidades”, afirmou o gerente de Eventos e Viagens na Roche, Rodrigo Cezar.
Uma questão pertinente levantada no debate foi a de patrocínios. Com os eventos à distância, será necessário redefinir e repensar o interesse do patrocinador e de que forma ele participaria. No entanto, em um encontro virtual que reúne mais de mil participantes, ele acaba impactando mais pessoas por hora do que se fosse presencial. Nesse sentido entra a demanda de planejamento estratégico das agências, de ajudarem as empresas a se conectarem de forma eficiente também no digital.
O diretor-presidente do Apresenta Rio, Pedro Guimarães, dividiu com os participantes os movimentos que a associação vem fazendo junto ao governo, focando em manter empregos no setor, em reaprender essa nova fase e em como será a retomada no futuro. Guimarães citou ainda cinco pontos que a entidade levantou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
“Pedimos atenção especial à medida provisória para atender os salários com recursos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT); apoio ao projeto de lei 869 no Senado, que fala da suspensão de impostos para empresas de atividades de entretenimento; ao projeto de lei 934 que reconhece a não necessidade de reembolso obrigatório de eventos que foram adiados; além da questão da meia-entrada de ingressos, que seja feita com dinheiro público e não privado”, explicou.
CONCLUSÃO
A ideia final com a estreia do evento híbrido foi que é preciso ter coragem para enfrentar esse momento e que é necessário discutir pontos que são polêmicos, como prazos de pagamento abusivos, concorrências com grande número de agências e cobrança de dever. Unir forças entre os players, governo e contratantes para criar um mercado positivo para todos.
“Não há mais espaço para conseguirmos segurar prazos de 60, 90 ou 120 dias. Este momento é a prova para vermos o quão frágil essas relações estavam. Não tenhamos medo da mudança. O mundo vai mudar, os empregos mudarão, mas são novas oportunidades. É um ano de adaptação, que teremos de fazer um exercício e aproveitar para aprender”, finalizou o diretor de Eventos Corporativos do MCI Group Brasil, Igor Tobias.