Para VOLL e Alagev, governança é fundamental em negociações corporativas
Evento Primeira Classe, realizado hoje em São Paulo, trouxe a debate temas de destaque no setor
A VOLL e a Alagev realizaram hoje (22), no hotel Pullman Vila Olímpia (SP), a terceira edição do Primeira Classe, evento que reúne líderes de compras, facilities, viagens e despesas corporativas para debater boas práticas de governança e compliance no setor de aviação civil.
O tema trouxe a debate temas de destaque no mercado, como, por exemplo, a questão do markup nas tarifas aéreas. E o objetivo do encontro, segundo a diretora executiva da Alagev, é levar essas discussões para a prática. “Queremos que os participantes saiam desse evento muito mais atentos, mais alertas e conhecendo um pouquinho mais dos pormenores e dos entraves que a gente enfrenta dentro do setor. Muitas vezes, falamos que a responsabilidade pela governança e auditoria é de um lado ou do outro, quando na verdade é a cadeia inteira a responsável”, destaca Luana.
“Governança não é um ser onipresente, que dita regras para serem cumpridas. Essa atividade nasce de cada um, de cada ator dentro do processo. Falar sobre governança, transparência, dados, previsibilidade, entrega de informações, tudo isso é extremamente relevante. É importante que o mercado entenda que precisamos ter uma conversa unificada, para que no futuro a gente não tenha que discutir isso novamente".
Para o cofundador da Voll, Luiz Moura, cada player deve estar consciente de seu papel no que diz respeito à governança corporativa. "Queremos que o público desse evento, composto por gestores de viagens e compradores, saia mais consciente do seu papel na auditoria, na validação dessas relações comerciais, principalmente com o sentimento de que eles precisam ser protagonistas para que esse tipo de acontecimento, esse comportamento frágil, que é o markup nas tarifas aéreas, deixe de existir no nosso mercado de forma definitiva. Acredito que o mercado já entendeu que a prática de compliance, controle, auditoria e governança é fundamental e necessária, mas esse nosso encontro tem como objetivo fazer com que esses players possam adotar as práticas de governança dentro de casa, saindo do campo do discurso e aplicando na prática", complementa Moura.
"Para acordos corporativos, é preciso rever as negociações. A questão de aplicação de markup em bilhetes pode existir em determinados mercados. O mercado de lazer usa bastante, porque compra de consolidação, tem uma certa flexibilidade, porque o mercado de lazer trabalha com o preço de vendas. Mas quando a gente fala de contrato corporativo, esse tipo de prática não tem que existir, porque é o contrato do cliente sendo aplicado. O preço tem que ser dado pelo parceiro de negócio que é dono do produto, então a agência de viagens precifica o seu serviço, a companhia aérea precifica o seu aéreo, o hotel precifica seu apartamento e assim por diante, tornando as negociações são mais transparentes", conclui a diretora executiva da Alagev.
'As empresas são compostas por pessoas. Fazer o certo é uma escolha de cada um. Errar por ineficiência é uma questão que se consegue administrar, mas errar com má fé, para obter benefícios em cima dos outros, não é o certo. A VOLL acredita que, em nenhum momento, é preciso infringir algo que está no contrato para garantir a sustentabilidade do próprio negócio. Os acordos que são feitos com os fornecedores são de vocês, não da agência de viagens", disse Luiz Moura aos gestores que participavam do evento.