Filip Calixto   |   19/08/2021 13:45

Protocolos rígidos são cruciais para a volta dos eventos presenciais

Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fiocruz, comenta a iminente volta dos eventos presenciais

Com os eventos presenciais prestes a serem retomados em uma série de destinos pelo Brasil, questionamentos sobre a segurança do formato para o momento começam a aparecer. Para a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo, eles são seguros sim, desde que haja protocolos rígidos e seguidos com eficiência.

Reprodução
Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fiocruz
Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fiocruz
A pesquisadora participou hoje (19) do debate A retomada Segura das Viagens e Eventos de Negócios, promovido pela Tour House e pela Blue Tree Hotels, e ponderou sobre o iminente retorno dos congressos.

Como argumento de que essas reuniões podem ser seguras contra a contaminação pela covid-19, a doutora citou alguns exemplos que já existem nos Estados Unidos, onde encontros do tipo já voltaram a acontecer. Segundo ela, os destinos e empresas brasileiras podem se basear na maneira rigorosa que foi adotada por lá. “Não adianta ficar com revólver medidor de temperatura corporal na entrada e não seguir as regras que são mais importantes. Temos que promover distanciamento, restringir a participação apenas virtual para alguns, determinar uso de máscaras e coibir aglomerações”, apontou.

VACINAS E MÁSCARAS
Margareth também destacou a importância da vacinação para que as feiras e eventos voltem a ocorrer e lamentou a morosidade no processo de imunização brasileiro. Ela lembrou que o País ainda não tem sequer um terço da população vacinável com a imunização completa, o que prejudica as projeções de imunidade coletiva e volta à vida normal, graças ao aparecimento de novas variantes.

A especialista também falou sobre a obrigatoriedade de vacinação que algumas empresas pensam em determinar a seus funcionários e sobre a necessidade do uso de máscaras.

“Sobre a obrigatoriedade da vacinação na populaça corporativa, acredito que existem setores jurídicos que podem dar suporte nesse sentido, mas do ponto de vista sanitário é imprescindível que essa regra seja adotada”, afirmou. “Já sobre o uso de máscaras é um hábito que teremos que ter ainda por muito tempo e lembra que é importante que sejam máscaras de boa qualidade”, completa.

O evento também apresentou uma pesquisa realizada pela Tour House que apontou como os viajantes corporativos encaram a retomada que se avizinha.

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