Leonardo Ramos   |   06/02/2018 12:23

Brasil: 97% dos viajantes corporativos aderem ao bleisure no tempo livre

Por outro lado, TMCs deixam de aproveitar demanda pelo bleisure, e apenas 48% dos viajantes reservam atividades próprias por meio delas

Shutterstock
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana pela Amadeus, dentre os viajantes corporativos de Brasil, Argentina, México e Colômbia, os brasileiros são os que mais aproveitam suas viagens a trabalho para conhecer atrações turísticas locais, ou estendem sua permanência no destino para aproveitá-lo por contra própria.

A pesquisa revelou que praticamente todos (97%) os viajantes brasileiros realizam ao menos uma ação turística durante viagens a negócios, como ir a um museu, fazer compras ou viajar para outros lugares próximos. A porcentagem na Colômbia é de 87%, 85% no México e 79% na Argentina.

“A pesquisa veio a confirmar algo que o mercado de viagens já vem identificando informalmente há algum tempo. É do perfil do brasileiro aproveitar as oportunidades para curtir além das obrigações laborais. Isso reflete uma maior abertura nas políticas corporativas e também se configura em oportunidade para agências e fornecedores”, explicou o diretor comercial da Amadeus no Brasil, Paulo Rezende.

DEMANDA MAL APROVEITADA
Por outro lado, a pesquisa descobriu que as TMCs que fazem as reservas das viagens dos executivos muitas vezes deixam de aproveitam a demanda do bleisure: apenas 48% dos brasileiros buscam informações e reservas de sua parte turística através da agência corporativa que efetivou a compra pela empresa. Na Argentina, essa porcentagem é de 50%.

Os números são pequenos se comparados a outros meios que viajantes optam para fazer reservas pessoais. A opção mais escolhida é das OTAs (92%), seguida por metabuscadores (92%) e, por fim, dos próprios fornecedores.

“As agências precisam trabalhar com as empresas para determinar um programa claro de ajuda ao viajante bleisure, e as corporações também tem um papel, estabelecendo regras claras para que o viajante se sinta seguro de estar atuando dentro da política da empresa", explicou Rezende.

"Aparentemente, esses dois fatores estão um pouco atrasados no Brasil, pois não há por que deixar de aproveitar o serviço do agente que já está te ajudando”, argumenta Paulo Rezende.

O estudo da Amadeus ouviu 1 mil viajantes dos quatro países latino-americanos em 2017.

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