Beatrice Teizen   |   18/09/2020 13:55
Atualizada em 18/09/2020 14:24

CEO da Delta afirma que companhia aérea está 20% menor

No SAP Now, Ed Bastian falou sobre como a companhia aérea está agindo e o que espera da retomada

A programação da 25ª edição do SAP Now, da SAP Brasil, chega ao fim hoje (18), após uma semana de conteúdo e discussões em torno da pandemia de covid-19 e as tecnologias disponíveis para ajudar neste momento.

Reprodução
Jim Lucier, da SAP Concur, e Ed Bastian, da Delta, falam sobre momento da aérea na pandemia e pós
Jim Lucier, da SAP Concur, e Ed Bastian, da Delta, falam sobre momento da aérea na pandemia e pós
O painel voltado para Despesas & Viagens desta sexta-feira trouxe um bate-papo entre o presidente da SAP Concur, Jim Lucier, e o CEO da Delta Air Lines, Ed Bastian, para falar sobre como a companhia aérea está agindo e o que ela espera da retomada do setor de Viagens e Turismo.

“Nosso negócio sempre foi proteger e cuidar da segurança das pessoas. Reexaminamos todos os aspectos da jornada da viagem, seja passando o spray eletroestático nas aeronaves, reforçando a higiene de cada superfície ou bloqueando os assentos do meio – protocolo que vamos manter, pelo menos, até o fim do ano. Semana passada transportamos 1 milhão de clientes, eles estão voltando a se sentir seguros, percebendo que a experiência a bordo está positiva”, comenta Bastian.

Vendendo somente 60% dos assentos e operando com 50% da programação doméstica para, provavelmente, os próximos três a seis meses, o CEO conta que a companhia está bloqueando grande parte de sua capacidade, esperando a situação da pandemia melhorar. Para ele, retomar a possibilidade de viajar não depende somente do setor aéreo e, sim, de todo o ecossistema do Turismo, com hotéis, restaurantes e atrações restaurando a confiança dos viajantes, mostrando que ele está seguro ao sair de casa.

Quanto às viagens corporativas, muito precisará ser adaptado, mas as pessoas sentem falta de estar umas com as outras e os deslocamentos a trabalho vão voltar. Diferentes, mas não vão deixar de acontecer. É pessoalmente, no face to face, que se conquista confiança e cria relacionamentos nos negócios.

“Uma parcela das viagens corporativas não voltará, pois passará a ser substituída pelas ferramentas tecnológicas que estamos usando no momento e que continuarão a atender as necessidades. Mas, no geral, só usamos estes recursos, porque são os únicos disponíveis. Quando pudermos viajar novamente, vamos voltar a nos reunir. Por isso precisamos manter a esperança e o otimismo”, pontua Bastian.

PÓS-PANDEMIA

Questionado sobre como será o futuro do mercado de viagens e Turismo após a crise do novo coronavírus, o CEO da aérea afirmou que a indústria será menor e que levará alguns anos para ela retornar, em termos de volume, ao patamar de 2019. Além disso, o tempo parado trouxe um ponto positivo, que foi a aceleração por parte das empresas de planos que estavam previstos para muito mais tarde.

A Delta, por exemplo, aposentou diversos aviões antigos, assim como colaboradores, com um programa de aposentadoria. Hoje, a empresa está 20% menor do que era alguns meses atrás e seu foco mudou, colocando higiene e bem-estar como prioridade. A transportadora está ainda acelerando a construção de novos aeroportos, como o de Salt Lake City, em Utah, que será aberto em breve.

“Levará um tempo para nos reconstruirmos, mas será bom, porque queremos voltar mais fortes. Vamos voltar como uma aérea mais resiliente e estamos aprendendo sobre o novo tipo de valor que temos de oferecer aos nossos clientes”, finaliza.

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