Coalização norte-americana pede revisão de tarifas aéreas nos EUA
Segundo o documento, as tarifas estabelecidas pelas principais aéreas norte-americanas podem colocá-las em desvantagem no mercado
O presidente da Business Travel Coalition (BTC), Kevin Mitchell, enviou uma carta aberta ao congresso dos Estados Unidos pedindo revisão das tarifas aéreas cobradas no país, já que as três maiores companhias norte-americanas (Delta, United e American Airlines) estão saindo em desvantagem quando suas tarifas são comparadas com as cobradas pelas aéreas do Golfo (Emirates, Etihad e Qatar).
Isso porque, segundo a carta, as aéreas do Golfo cobram preços com base no mercado e não entram em conluio umas com as outras para fixar tarifas artificialmente altas, ao contrário do Big 3, que juntamente com seus parceiros de joint venture e por meio da Imunidade Antitruste Transatlântica (ATI) estabelece não apenas as tarifas, como também coordena a capacidade e os horários dos voos.
O resultado, segundo Mitchell, são dois conjuntos de tarifas diferentes oferecidas aos passageiros, sendo uma determinada pelo mercado e outra muito mais elevada, estabelecida pelos executivos da Delta, American e United, fato que acaba por colocar as aéreas norte-americanas em desvantagem competitiva, segundo o presidente da coalizão.
"Isso sem contar o fato de que, enquanto as aéreas norte-americanas muitas vezes oferecem tarifas elevadas com redução na qualidade dos serviços, as companhias do Golfo oferecem tarifas mais baixas com custo-benefício agregado", ressaltou Mitchell no documento. Sendo assim, ele pede ao congresso e ao presidente Trump não a revisão das tarifas praticadas pelas aéreas do Golfo, mas sim das fixadas artificialmente pelo Big 3, já que os passageiros merecem e precisam de uma escolha mais competitiva nos preços dos bilhetes aéreos, além do apoio do congresso.