Felippe Constancio   |   02/08/2016 14:40

Egencia: Fusões são o caminho das TMCs atrás de TI

Para executivos da Expedia e sua subsidiária do mercado corporativo Egencia, há uma possibilidade de onda de fusões no mercado de viagens corporativas conforme as OTAs buscam melhorar suas ofertas e as TMCs lutam para aumentar seus serviços com tecnologia


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Para executivos da Expedia e sua subsidiária do mercado corporativo, Egencia, há uma possibilidade de onda de fusões de empresas de viagens corporativas conforme as OTAs buscam melhorar suas ofertas e as TMCs lutam para aumentar seus serviços com tecnologia.

Recentemente, em painel na GBTA em Denver, o CEO da Expedia, Dara Khosrowshahi, disse que espera ver consolidações com base na menor disposição para investimento de larga escala em tecnologia por parte das TMCs e no financiamento mais viável do atual cenário econômico.

Esta semana foi a vez do presidente da Egencia, Rob Greyber, frisar que de fato há uma disposição por parte das TMCs que buscam tecnologia para suprir suas deficiências por meio de aquisições. No entanto, segundo o executivo da quinta maior agência de viagens corporativas do mundo, o eventual aparecimento das consolidações vai além da conjuntura econômica.

"A pressão por consolidações das empresas está aí. Não só por causa da economia, mas pelo fato de que, para ficar bom em algo, é preciso ter prática. E ainda faço outras previsões. Hoje em dia há um grande aumento na tensão entre certos usuários de hotéis e canais de distribuição. Eu acredito que tudo isso vai acabar", avalia Greyber. "Da mesma forma que foi para as linhas aéreas quando as pessoas de cabeça mais fria perceberam que 'ah, meu custo com meu distribuidor direto é na verdade igual ao custo de distribuição quando incluído o sistema global de distribuição no canal'. Acho que haverá muito mais diálogo de como podemos servir os clientes independentemente de como eles queiram entrar em contato com a gente no momento das reservas."

twitter Rob Greyber
Rob Greyber, presidente da Egencia
Para Greyber, o viajante corporativo terá cada vez mais em mãos a autonomia sobre os agendamentos on-line.

"Nos Estados Unidos, você pode ter 800 empresas auxiliando no agendamento de uma viagem. É só ligar e eles fazem tudo. Os empregados de hoje estão chegando - e não só os millennials -, o que são só pessoas fazendo suas próprias coisas. Como você agenda uma viagem a passeio? Você nunca liga para um dos 800 telefones e pergunta sobre reservas, mas olha as opções disponíveis", afirma o especialista. "Os viajantes corporativos também querem essas opções. Eles querem poder ver quando podem chegar, qual o voo mais curto, quais hotéis estão mais próximos, a qualidade deles. Parte sendo on-line e parte criando uma experiência parecida com a do consumidor familiar é o que começamos a ver de mudança."

Assim, a customização entra em evidência na visão de Greyber. "A experiência tida com o funcionamento do Facebook está mudando a expectativa do consumidor. Se seu feed de notícias do celular não está sincronizado com o desktop, você estranha. Em viagens, é aceitável quando você faz reserva on-line na melhor ou segunda melhor TMC e um agente de viagem não faz ideia disso? Em que mundo isso é aceitável? Achamos que o viajante não aceita isso".

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