Renê Castro   |   27/09/2017 12:04

Lummertz: "Turismo precisa jogar o jogo político"

Após conferir o inflamado discurso da presidente da Braztoa, Magda Nassar, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz seguiu uma linha de raciocínio enfática e conceituou o que acredita ser o momento de disrupção do País.


Jhonatan Soares
Vinicius Lummertz, presidente da Embratur
Vinicius Lummertz, presidente da Embratur

Após conferir o inflamado discurso da presidente da Braztoa, Magda Nassar, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, seguiu uma linha de raciocínio enfática e conceituou o que acredita ser o momento de disrupção do País.

Para o dirigente, o Brasil necessita de ideias para a criação de um “novo realismo, e não de uma lógica de esquerda latino-americana ultrapassada”.

“Que país nós queremos? Eu acredito em um capitalismo com liberdades, menos participação do Estado - e que ele seja eficiente quando solicitado -, e que setores como o nosso não tenham essa enormidade de dificuldades para se desenvolver”, conceituou ele, afirmando que, hoje, “para criar um parque temático, gasta-se o valor de três, e isso se aplica a portos, marinhas e outras estruturas, sem falar em resorts, que muitas vezes demoram dez, 12 anos para sair do papel, devido a uma série de burocracias e licenças”.

Ao citar a liberação dos cassinos no Japão, um país budista, Lummertz insistiu na abertura de diálogo com o setor político para, de fato, o Brasil caminhar rumo ao pleno desenvolvimento, com amplo interesse internacional em investimentos locais.

“As pessoas são a agenda do mundo, e o Turismo trilha um caminho rápido no desenvolvimento de qualquer nação. A nossa competitividade precisa existir, mas, para isso, queremos apoio concreto e realista. Hoje estamos de mãos atadas.”

Para conquistar a classe política, Lummertz revelou que conta com a ajuda de alguns líderes da indústria, como Felipe Carreiras (Fornatur), Alexandre Sampaio (FBHA e CNC) e Herculano Passos (Frente Parlamentar do Turismo), entre outros, em uma agenda que já prevê uma série de projetos e encontros estratégicos.

“O joga pedra digital na política está transformando todos os nossos representantes em vilões, e isso não adianta. Vamos buscar o diálogo e falar com os que queremos converter, sejam eles políticos, imprensa ou população. Hoje só sabemos falar para convertidos. Temos de saber jogar este jogo”, acredita ele.

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