Oriente Médio e África: guerras e ebola influenciam top 10
Nesta terça (7), durante a WTM Londres 2017, foi divulgada mais uma edição do ranking Top 100 City Destinations, da Euromonitor, que revela ano a ano as 100 cidades mais visitadas do mundo
Nesta terça (7), durante a WTM London, foi divulgada mais uma edição do ranking Top 100 City Destinations, da Euromonitor, que revela ano a ano as 100 cidades mais visitadas do mundo. A lista, dominada por asiáticos, aponta que 2017 foi um ano positivo para o Oriente Médio e África apesar dos conflitos nas regiões e da irregularidade nos números do Turismo.
O Oriente Médio é marcado por guerras e disputas por território; enquanto a África ainda sofre com a baixa ocorrida em função do surto de ebola em 2014. No entanto, ambas as regiões apresentam um cenário positivo turisticamente, com crescimentos e retomadas, principalmente no Oriente Médio: entre as dez cidades mais visitadas entre as duas regiões, apenas três são africanas. Confira o ranking abaixo.
Posição no Top 100 | Cidade | País | Região | Visitantes em 2016 | Visitantes em 2017 (projeção) | Variação |
6 | Dubai | Emirados Árabes Unidos | Oriente Médio | 14,9 milhões | 16,56 milhões | +11,2% |
19 | Meca | Arábia Saudita | Oriente Médio | 7,96 milhões | 8,74 milhões | +9,8% |
37 | Joanesburgo | África do Sul | África | 5,16 milhões | 5,53 milhões | +7,2% |
41 | Riade | Arábia Saudita | Oriente Médio | 5,06 milhões | 5,51 milhões | +8,9% |
58 | Dammam | Arábia Saudita | Oriente Médio | 3,41 milhões | 3,58 milhões | +4,9% |
62 | Cairo | Egito | África | 3,01 milhões | 3,06 milhões | +1,8% |
64 | Doha | Catar | Oriente Médio | 2,9 milhões | 3,01 milhões | +3,8% |
67 | Jerusalém | Israel | Oriente Médio | 2,86 milhões | 2,88 milhões | +1% |
78 | Tel Aviv | Israel | Oriente Médio | 2,52 milhões | 2,61 milhões | +3,7% |
79 | Marrakech | Marrocos | África | 2,51 milhões | 2,66 milhões | +6,2% |
DUBAI
A sexta cidade mais visitada do mundo está no Oriente Médio e é Dubai. A projeção é que até o final deste ano, a cidade nos Emirados Árabes Unidos receba 16,5 milhões de visitantes, e para 2025 é que esse número aumente em dez milhões. Aparentemente isolada de toda turbulência da região, Dubai está crescendo e sua indústria turística está investindo em eventos, como a Expo 2020, e em diversas tecnologias de mobilidade e sustentabilidade.
Quanto a mobilidade, a cidade possui um projeto que fará 25% do transporte público inteligente e sem motorista, e um acordo com a Hyperloop One para sediar um trem de alta velocidade entre Dubai e Abu Dhabi, cobrindo 150 quilômetros em 12 minutos; é esperado que o projeto seja concluído até 2020.
EBOLA
Com o surto de ebola em Guiné e um grande número de casos na Libéria e Serra Leoa também, a África, principalmente sua região oeste, viu seu número de visitantes cair em grande escala. No entanto, passado o surto, o momento é de retomada, ainda mais para os três países já citados. Em 2017, Serra Leoa já receberá mais turistas que em 2013, ano mais positivo para o país entre 2010 e 2014. Já Guiné, está em uma curva positiva, mas não tão animadora, já que em 2011 recebeu cerca de 130 mil turistas e, em 2020, é esperado que alcance os 60 mil. Libéria nunca teve um Turismo forte, então as variações foram menores.
CONFLITOS
Os conflitos geopolíticos das regiões refletem muito no crescimento dos destinos e uma dicotomia instaurada nas dez cidades mais visitadas. Enquanto, Dubai, Meca, Joanesburgo e Riade - as quatro primeiras do ranking - esperam grande crescimento; as cidades de Israel, Jerusalém e Tel Aviv, e Cairo, no Egito, passam por crescimento, mas muito menos do que os dos destinos previamente citados. A razão são as disputas territoriais e crises políticas. Israel inclusive lançou uma campanha para subsidiar novos hotéis econômicos e pagar companhias aéreas para trazer passageiros, esperando mudar seu cenário turístico.