Henrique Santiago   |   08/11/2017 16:32

Líder em visitas, Ásia investe em "cidades inteligentes"

Ásia tem investimento cada vez mais em tecnologia para ter cidades inteligentes

Pixabay
Tóquio, no Japão
Tóquio, no Japão
Líder em visitação internacional, segundo aponta o relatório Top 100 City Destinations Ranking, da Euromonitor International, a Ásia é um exemplo a ser seguido. Entre as 100 maiores cidades globais, a região Ásia-Pacífico totalizou 41 e até 2025 crescerá ainda mais. Mas o que eles fazem para se destacar tanto no cenário global?

Além de contabilizar dois terços da população mundial, os destinos têm passado a olhar para a indústria de viagens com um olhar voltado para a tecnologia. O
estudo apontado que as cidades passaram a adotar iniciativas para se tornarem “cidades inteligentes”, que provém do smart city em sua versão original.

Um dos destaques é Seul, capital da Coreia do Sul. Embora tenha registrado uma queda avassaladora em visitação no ano passado (veja tabela abaixo), o destino estará em evidência pela Olimpíada de Inverno em 2018 - o evento ocorre em Pyeongchang, a duas horas de carro. Aliado a isso, o local é a casa das empresas Samsung e LG e, com isso, deve ser o primeiro a oferecer a conexão com internet 5G no mundo.

Já Hong Kong tem como trunfo o Octopus Card, o “cartão polvo”, em tradução livre. Esse objeto inteligente é utilizado para pagar transporte público, lojas, restaurantes e máquina. Outro destaque apontado pela Euromonitor é a transformação do Science Park em uma cidade inteligente.

A capital de Cingapura, um dos destinos mais congestionados em visitação do continente, viabilizou uma parceria com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Juntos, irão trabalhar em iniciativas destinadas à mobilidade, saúde e projetos ambientais que integram o programa local Smart Nation.

“Cidades inteligentes de sucesso do futuro vão combinar os melhores aspectos de infraestrutura de tecnologia, enquanto aproveitam ao máximo o potencial de ‘tecnologias colaborativas’ e, acima de tudo, os cidadãos que os impulsionam”, afirma o estudo.

SEM DINHEIRO
O dinheiro físico tem sido cada vez mais descartado na Ásia. Em seu lugar, aplicativos de pagamento mobile como Alipay e Wechat Pay têm tomado o espaço na China. Já na Índia, o Paytm tem construído um caminho para cidadãos com e sem conta no banco para consumirem viagens sem um montante de notas, promovendo a chamada “desmonetização”.

Aquela máxima de “os asiáticos farão qualquer coisa primeiro” pode ser aplicada à fidelidade aos smartphones. País mais populoso do mundo, a China tem mais de 1,1 bilhão de assinaturas de internet móvel – 2,5 vezes mais do que os Estados Unidos, segundo mercado. Só neste ano os chineses chegaram à marca de 64% de compras de viagens em aparelhos mobile, enquanto os estadunidenses têm pouco mais de 20%.

Confira abaixo as dez cidades asiáticas mais visitadas do mundo em 2017:

CidadesNúmero (em milhões)Variação
Hong Kong (China)
25,695.8
-3,2%
Bangcoc (Tailândia)23,270.6
9,5%
Cingapura17,618.8
6,1%
Macau (China)16,299.1
5,9%
Shenzhen (China)12,962.0
3,1%
Kuala Lumpur (Malásia)12,843.5
4,5%
Phuket (Tailãndia)12,079.5
14%
Tóquio (Japão)9,713.5
4,8%
Taipei (Tailândia)9,318.9
1%
Seul (Coreia do Sul)7,659.1
-14,9%

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