Visual Turismo agora é parte do Grupo CVC
Tradicional operadora com mais de 30 anos de atuação na indústria e 100% focada na venda via agências de viagens, a Visual Turismo, de Afonso Gomes Louro, foi vendida por R$ 67,9 milhões para o Grupo CVC, da qual fazem parte as operadoras CVC e Trend, a consolidado
Tradicional operadora com mais de 30 anos de atuação na indústria, 250 funcionários e 100% focada na venda via agências de viagens, a Visual Turismo, de Afonso Gomes Louro, foi vendida por R$ 67,9 milhões para o Grupo CVC, presidido por Luiz Eduardo Falco e do qual fazem parte as operadoras CVC e Trend, a consolidadora Rextur Advance, a empresa de intercâmbio Experimento e a OTA Submarino Viagens. Todas essas empresas somadas levam o Grupo CVC a uma movimentação de mais de R$ 10 bilhões em vendas ao ano, o que é relevante e importante para uma empresa listada na bolsa e com ambições imediatas de internacionalização. Somente a Visual, considerada a terceira maior operadora do País, tem movimentação de cerca de R$ 400 milhões ao ano, segundo comunicado oficial do Grupo CVC.
A compra da Visual, focada no segmento B2B, leva o mercado a imaginar que mudanças estruturais virão em breve no Grupo CVC, com um lado focado na venda ao público final e tendo a CVC e a Submarino Viagens como âncoras, e outro tendo o agente de viagens como foco. Já há uma reestruturação em andamento para alinhar quem ficará responsável pelas compras dos principais produtos e de forma a criar sinergias entre todas as empresas da holding. Já há, por exemplo, uma plataforma única para compra de aéreo, e o mesmo se dará com a hotelaria.
Há uma grande expectativa sobre as mudanças no Grupo Trend, que seguirá com estrutura independente, assim como a Visual, incluindo clientes e agentes parceiros.
O presidente da Visual Turismo, Afonso Louro, continuará na empresa, por contrato, por mais quatro anos, como diretor geral, e poderá retirar outros R$ 17 milhões no período, dependendo de metas a serem batidas. “A aquisição reforça a presença da CVC no canal agentes de viagens independentes”, disse o Grupo CVC em comunicado.
Antes, a Visual já havia conversado com outros interessados, incluindo um grupo árabe e uma grande TMC. Nenhuma das negociações foi para frente.
Leia parte do comunicado oficial ao mercado:
"A aquisição da Visual constitui uma oportunidade estratégica excelente para a Companhia (CVC), pois permite a expansão da Companhia no mercado de viagens de lazer e contribui para sua posição de liderança no setor de viagens no Brasil.
Como contraprestação pela transferência da titularidade das quotas representativas do capital social da Visual, o preço de aquisição acordado foi de R$ 67.906.640,00 (sessenta e sete milhões, novecentos e seis mil, seiscentos e quarenta reais), o qual será ajustado com base em dívida líquida e poderá ser acrescido pelo pagamento de um valor de até R$ 17.000.000,00 (dezessete milhões de reais), a título de preço contingente, observado o atingimento de metas futuras estipuladas no Contrato de Compra e Venda para os exercícios sociais de 2017, 2018, 2019 e 2020.
O fundador da Visual, Sr. Afonso Gomes Louro, permanecerá como Diretor Geral da sociedade.
A Companhia solicitará para uma empresa especializada a elaboração de um laudo de avaliação, com o objetivo de determinar se haverá ou não a incidência do artigo 256 da Lei das S.A. e, caso aplicável ao caso concreto, os acionistas e o mercado serão informados quanto aos procedimentos para ratificação da operação pela assembleia geral da Companhia e eventual existência do direito de retirada.
Por fim, a Companhia reitera seu compromisso de manter os acionistas e o mercado em geral informados acerca do andamento deste e de qualquer outro assunto de interesse do mercado."