Henrique Santiago   |   08/08/2017 14:12

Globalia quer estrear na hotelaria e aeroportos no Brasil

Com atuação em diversos segmentos, inclusive fora do Turismo, o grupo espanhol Globalia desenhou ações claras para estrear na hotelaria nacional, administração de aeroportos e operadoras dentro de 12 meses.

Emerson Souza
Menu Marque enxerga oportunidades além da aviação comercial
Menu Marque enxerga oportunidades além da aviação comercial

Voar mais vezes para o Brasil não é apenas um dos planos da Globalia. Com atuação em diversos segmentos, inclusive fora do Turismo, o grupo espanhol desenhou ações claras para inaugurar suas operações na hotelaria nacional, administração de aeroportos e crescer com sua operadora dentro de 12 meses.

Em visita a São Paulo, a comitiva espanhola veio repleta de ideias para os próximos anos. O projeto mais comentado por eles é o de investir em um empreendimento da Be Live, uma rede com enfoque em hotéis e resorts lazer e luxo, possivelmente no Nordeste.

Quem adiantou a novidade foi o diretor de Vendas para a América Latina da companhia, Sebastián Masfarré. “Temos um plano de expansão no Caribe, nosso maior destaque, e no Marrocos nos próximos anos. E por que não no Brasil?”, sugeriu o executivo.

A estratégia deverá estar alinhada com o voo já confirmado para Recife e o adicional pensado para alguma cidade nordestina, provavelmente uma capital. Existem até especulações de Fernando de Noronha (PE) despontar no interesse, mas está fora de cogitação no momento, como confirmou o diretor de Desenvolvimento Internacional da Globalia, Lisandro Menu Marque.

O executivo é só elogios à cultura e gastronomia local, mas acredita que a hotelaria all inclusive em Pernambuco e na região como um tudo ainda não chegou a um resultado positivamente esperado. O modelo de implantação do negócio ainda está em evolução, pois a Be Live atua com modelo de gestão, aluguel e propriedades próprias.

OUTROS CAMPOS
Emerson Souza
A mesa de executivos da Globalia composta por Emilio Boyero, Javier Hidalgo, Lisandro Menu Marque e Richard Clark
A mesa de executivos da Globalia composta por Emilio Boyero, Javier Hidalgo, Lisandro Menu Marque e Richard Clark
Uma ação que está em andamento é a administração de aeroportos por meio da empresa Ground Force, voltada também para handling e carga em 17 pontos da Espanha e no Marrocos.

No fim do último mês, o Governo Federal aprovou a concessão dos terminais de Fortaleza, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador.

Segundo Marque, não houve tentativa de chegar a uma proposta para concorrer ao leilão de privatização. “Não podemos agir com pressa. Na aviação, nada se resolve rapidamente”, destacou, porém, apontando Viracopos como um aeroporto de eventual interesse.

Já a operadora do grupo, a Travelplan, deverá ser mais trabalhada no Brasil nos próximos 12 meses. Sem revelar se irá ou não abrir escritório, o diretor assinala que irá anunciar “investimentos em equipe”. Ainda de acordo com ele, as vendas por aqui dobraram nos últimos anos, mas ainda são menos expressivas quando comparadas com Europa e Caribe. Até 2020, a meta é repetir o sucesso com “metas ambiciosas”.

A fim de acelerar suas projeções para o mercado brasileiro, os executivos da Globalia irão até Brasília para realizar uma série de reuniões com o ministro do Turismo, Marx Beltrão, o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, e o ministro dos Transportes, Maurício Lessa.

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