Rodrigo Vieira   |   16/02/2017 12:22

CVC lucra R$ 209 milhões em 2016 e mira mais aquisições

Grupo revela estar buscando novas compras em 2017


Emerson Souza
Luiz Eduardo Falco
Luiz Eduardo Falco

A CVC teve lucro líquido ajustado de R$ 209,2 milhões em 2016, alta de 10,3% na comparação com o registrado no ano anterior. No quatro trimestre do ano passado, o grupo, que reúne Rextur Advance, Submarino Viagens e Experimento lucrou R$ 72,3 milhões, alta de 1,8% ante o 4T15. A empresa de intercâmbio não entra no somatório, pois foi adquirida em 29 de dezembro do ano passado.

De acordo com o CEO da CVC, Luiz Eduardo Falco, a Rextur Advance acompanhou o pequeno sinal de recuperação do mercado corporativo no fim de 2016, e essa retomada da consolidadora suportou a melhoria de performance do grupo CVC.

NOVAS AQUISIÇÕES
Como Falco já havia adiantado ao Portal PANROTAS, o grupo mais uma vez apontou que deve partir para mais aquisições este ano - talvez até fora do Brasil. A CVC mencionou pagamentos de dividendos menores devido a possíveis aquisições em 2017. “A CVC tem por política pagar no mínimo 50% de dividendos sobre o lucro, mas isso desde que a empresa não tenha qualquer outra necessidade de capital para desenvolver seus negócios e/ou projetos estratégicos”, apontou o CEO.

Luiz Fernando Fogaça
Luiz Fernando Fogaça
“Como estamos avaliando novas fusões e aquisições, a empresa propõe o pagamento de dividendo mínimo de 25% sobre o lucro líquido de 2016, equivalente a R$ 44,4 milhões (incluindo R$ 22 milhões de juros sobre capital próprio). Se durante o ano de 2017 essas alternativas não prosperarem, a administração proporá o pagamento de dividendos adicionais.”

Em teleconferência com os investidores, tanto Falco quando o CFO do grupo, Luiz Fernando Fogaça, sugeriram compras de segmentos de viagens de luxo no lazer e ampliar a presença no corporativo "para captar mais sinergias".

Outro impulsionador do resultado positivo da CVC em um 2016 complicado foi a queda das despesas operacionais recorrentes de 1,4% no ano. “Isso é consequência da otimização dos recursos de marketing, redução do headcount, controle rígido das despesas e pelas sinergias advindas das aquisições”, explicou Fogaça.

A receita líquida da CVC em 2016 foi de R$ 845 milhões, alta de 4% em relação a 2015. Já a receita líquida do Grupo CVC, que engloba todas as empresas, foi de R$ 1,064 bilhão, alta de 3,1% ante o ano anterior. A empresa aponta que sentiu alta no interesse do consumidor pelos destinos internacionais a partir do final do ano, quando o real começou a se valorizar e a economia deu sinais de recuperação, apesar de o PIB ter fechado o ano em queda.

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