Presidente da Coreia do Sul admite sair do poder em breve
Acusada de permitir que uma amiga extorquisse dinheiro de empresas, a Presidente da Coréia do Sul, Park Geun-hye, admite perder o poder como chefe do governo do país, porém, deixou a decisão para a Assembleia Legislativa.
Acusada de permitir que uma amiga e guru espiritual exercesse tráfico de influência e extorquir empresas em nome do governo, a presidente da Coréia do Sul, Park Geun-hye, admite perder o poder como chefe do governo do país.
Park fez um pronunciamento transmitido na televisão, em que disse que sairia do cargo caso o processo legislativo indicasse sua deposição. A mandatária disse também que irá fornecer mais detalhes sobre o escândalo que gerou imensa polêmica na Coreia do Sul.
Para realizar o processo de impeachment, são necessários dois terços dos votos na Assembleia Nacional, que tem 300 integrantes. Estima-se que os que querem a saída da presidente não teriam, ainda, os votos necessários. Até o momento, 172 legisladores da oposição e independentes se posicionaram a favor do impeachment, o que torna necessário conseguir mais 28 votos dentro do próprio partido de Park, o Partido Conservador, para fechar a conta. Segundo imprensa local, entre 30 e 40 conservadores afirmaram que votarão pela saída da presidente.
Uma vez que a Assembleia vote pela saída da presidente, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul teria 180 dias para se pronunciar sobre o processo ser justificado ou não. Se seis dos novez juízes que compõem o colegiado acreditarem que o processo se justifica, a presidente seria afastada formalmente, assumindo o segundo na sucessão do poder, o primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn.
A votação deve ocorrer em menos de duas semanas, pois em 9 de dezembro se encerra a sessão do ano da legislatura coreana. Ambas a presidente e sua amiga se dizem inocentes, mas provas documentais encontradas em um tablet da confidente de Park complicou a situação da chefe de Estado sul-coreana.
*Fonte: Exame