Fusão com Rio Quente: o que esperar de Sauípe em 2018
Após ser adquirido pelo Grupo Rio Quente ao valor de R$ 140 milhões, Costa do Sauípe passará por ano de estudos e reformas para reverter resultados negativos
Destino antigo, cara nova. Menos de duas semanas após o Grupo Rio Quente assumir a operação de Costa do Sauípe pelo valor de R$ 140 milhões, a ideia é repaginar o empreendimento localizado em Mata de São João, na Bahia, e dar a ele o "DNA Rio Quente": voltado à família e ao lazer - mas sem abrir mão do segmento corporativo.
O primeiro desafio do grupo será reverter a sequência de resultados negativos dos últimos anos do complexo baiano. Para isso, será dada atenção a reformas urgentes, ou "problemas imediatos identificados por hóspedes, como renovação da área comum, piscinas e toda a parte estrutural", explica o diretor de Experiência Marketing do Grupo Rio Quente, Flávio Monteiro, em evento nesta terça-feira em São Paulo.
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"Queremos dar uma nova imagem à Costa do Sauípe, literalmente uma nova cara para o empreendimento. Talvez pelos números baixos recentes, os hotéis não eram reformados há algum tempo, nem as áreas comuns, e os desgastes na infraestrutura, principalmente em um destino praiano, ficam claros para os hóspedes", explicou Monteiro.
Para reverter a situação, R$ 20 milhões serão investidos neste ano exclusivamente na propriedade baiana, ainda que o complexo goiano venha a receber aporte de R$ 45,6 milhões em 2018. A soma é considerada baixa se comparada aos R$ 900 milhões prometidos pelo grupo para o biênio 2018-2020, mas a explicação é que este ano será o pontapé inicial para estudos e consultorias na definição de quais áreas o dinheiro é mais necessário.
"Não adianta chegar aqui com R$ 900 milhões e jogar dinheiro para todo lado. Precisa ter calma, olhar mais pra frente, identificar os problemas e direcionar os investimentos de forma inteligente", conclui Monteiro.
INTEGRAÇÃO E EXPECTATIVA ALTA
Mesmo em seu primeiro ano controlando Sauípe, a expectativa de resultados são boas. Dos R$ 600 milhões de receita bruta previstas para o ano no grupo, R$ 240 milhões devem vir do empreendimento da Bahia, enquanto outros R$ 360 milhões são esperados de Goiás - uma comparação com 2017 ainda não é possível, pois os números do ano ainda não haviam sido fechados até esta terça (16), segundo o diretor de Experiência Marketing do grupo.
Uma gestão em conjunto deve agir em prol desses resultados. Segundo Monteiro, todas as lojas que vendem Rio Quente no Brasil já foram capacitadas sobre Costa do Sauípe, e passarão a levar viajantes para os dois destinos; uma integração de CRM, das mídias sociais e do sistema de reservas dos dois conglomerados também já estão em vias de acontecer, "transformando as duas em apenas um gigante nacional em todas as áreas".
MICE E TIMESHARE
O que cada empreendimento pode aprender um com o outro também foi um dos destaques colocados por Monteiro, começando pelo Mice: o mercado de eventos representa um share de 23% da receita anual de Costa do Sauípe, que conta com 40 salas à disposição para o segmento - boa parte do investimento, inclusive, deve ser voltado para manutenção desses espaços.
"Em comparação, no conglomerado de Goiás apenas 8% da entrada de dinheiro vem de eventos, mercado que pode e deve ser melhor aproveitado. Claro que sempre manteremos nosso DNA de lazer, mas por que não aproveitar algo que pode render bons frutos?", acrescentou o executivo.
Já as hospedagens de tempo compartilhado, realizado em Rio Quente, foi aderido em Costa do Sauípe há menos de uma semana, e "inesperadamente já conta com boas vendas para o período de tempo".