Raphael Silva   |   03/11/2017 13:54

Perspectivas hoteleiras: o que o Fohb espera em 2018/19

Situação crítica e recuperação futura do Rio, e Natal em alta nos próximos anos são apenas algumas das expectativas da hotelaria no Brasil

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Expectativa para 2018/19 é de recuperação e crescimento da hotelaria no País
Expectativa para 2018/19 é de recuperação e crescimento da hotelaria no País
Após um 2016 com desempenho abaixo do previsto para a hotelaria brasileira, incluindo queda nos indicadores de ocupação e RevPAR, este ano deve se tornar um ponto de estabilidade para que o setor volte a crescer em 2018 e, principalmente, em 2019. A expectativa se dá pelas análises do novo estudo Perspectivas de Desempenho da Hotelaria, divulgado pelo Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), que já mostra otimismo pelo fechamento de 2017, exceto para as cidades do Rio de Janeiro e Manaus, e três outros mercados.

A capital fluminense ainda sofre com os reflexos da superoferta hoteleira após a realização dos Jogos Olímpicos, além da imagem de violência, e fechará 2017 com uma queda de 9% na ocupação em relação ao mesmo período do ano passado. Os índices de diária média (-28,2%) e Revpar (-29,4%) escancaram a situação crítica do Rio.

Além dela, Manaus (-3,6%), Campinas (-1,1%), Salvador (-1%) e Jundiaí (-0,8%) são as únicas a terminarem o ano com baixa na ocupação entre as 17 cidades analisadas. Belo Horizonte (+12%), Cuiabá (+10,4%) e Natal (+8,4%) mostram os números mais animadores.
Alex Ferro/Divulgação Rio 2016
Rio é o destaque negativo da hotelaria em 2017, mas deve se recuperar
Rio é o destaque negativo da hotelaria em 2017, mas deve se recuperar

Quando a questão é a diária média, porém, o cenário se inverte. Só Belém (+1,5%) e Natal (+0,2%) não negativam na pesquisa, que tem São Paulo e Curitiba (-1,3%) como os resultados "menos ruins". No Revpar, dez municípios projetam alta e sete estimam queda. Mais uma vez, BH (+9,9%) e Natal (+8,6%) voltam a mostrar os índices mais altos.

2018 OTIMISTA
A diária média é a grande boa notícia para os hoteleiros no primeiro semestre de 2018, tendo apenas Jundiaí sem crescimento. Todas as outras, além de Campinas e Rio (+0,7%), têm projeção de crescimento acima de 1%, enquanto Natal (+4,4%) continua entre as líderes. Na segunda metade do ano, a expectativa é de aumentos mais expressivos, com apenas Jundiaí negativa (-0,4%) e novo destaque para a capital do Rio Grande do Norte (+4,5%).

O Rio de Janeiro também poderá voltar a comemorar o aumento da taxa de ocupação no próximo ano. A alta de 4,1% durante os 12 meses a coloca entre os melhores resultados do estudo para o período que tem Campinas (+5,4%) como líder em crescimento.

Divulgação/ Secretaria de Turismo do RN
Números de Natal a colocam como uma das tendências dos próximos anos
Números de Natal a colocam como uma das tendências dos próximos anos
Por fim, o Revpar reflete as melhoras nos dois outros índices, formando um cenário otimista para todas as cidades, com realce para Campinas (+9,2%), Natal (+7,3%) e São Paulo (+7%).

"Para o ano de 2018, a perspectiva é de retomada no cenário em relação a 2017, com projeções de crescimento na taxa de ocupação, diária média e Revpar em todos os municípios analisados no estudo", constatou o vice-presidente de Estudos e Tendências do Fohb e CEO da Accor Hotels na América do Sul, Patrick Mendes.

2019 MELHOR AINDA?
As expectativas das redes respondentes para 2019 seguem positivas. Na taxa de ocupação, por exemplo, 18 das 22 redes consultadas apostam em um desempenho ainda melhor do que o ano anterior, enquanto só quatro pregam o equilíbrio. Para a diária média, o otimismo é maior, uma vez que 20 indicam aumento, assim como no Revpar.

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