Motéis viram hospedagem para turistas na Olimpíada
Os hotéis do Rio de Janeiro não são os únicos a serem procurados por turistas como opção de hospedagem para o período dos Jogos Olímpicos. Muitos viajantes têm buscado acomodações em motéis da capital carioca.
Os hotéis do Rio de Janeiro não são os únicos a serem procurados por turistas como opção de hospedagem para o período dos Jogos Olímpicos. Muitos viajantes têm buscado acomodações em motéis da capital carioca.
É o caso do motel Corinto, localizado no bairro de Vila Isabel, zona norte do Rio, onde a maioria dos quartos estão reservados para o evento, conforme informou a gerente de reservas do estabelecimento, Christiane Kilesse. Das 92 unidades, 55 foram destinadas para turistas, incluindo famílias. O motel fez a experiência na Copa do Mundo e decidiu repetir na Olimpíada.
Christiane afirma que, há dois anos, foi implantado um sistema de hotelaria, com a cobrança de diárias para atender clientes corporativos e agências de turismo. A decoração foi alterada “para tirar aquela imagem de motel” e os canais com filmes eróticos são bloqueados para famílias.
De acordo com a gerente, um dos principais atrativos é a proximidade com o Maracanã, onde ocorrerão as cerimônias de abertura e encerramento e os jogos de futebol masculino e feminino, e a facilidade de acesso para outras regiões da cidade. “Não tem mais o estigma de ficar hospedado em um motel, e não em hotel”, afirma Christiane. “O próprio brasileiro está vencendo esse preconceito”.
Outro motel que também irá receber turistas é o Nosso Hotel, situado na Avenida Niemeyer, zona sul da cidade. Segundo a gerente Márcia Costa, os 43 quartos estão reformados e há camas dobráveis, o que permite alojar uma terceira pessoa. "É bem diferente hoje o atendimento de motel. Mudou muito”, diz.
As duas gerentes informaram que serão mantidas entradas e garagens privativas para os clientes tradicionais.
OPORTUNIDADES
O diretor regional do Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), Antonio Cerqueira, estima que a procura por hospedagem para os Jogos Olímpicos deve crescer a partir deste mês.
De acordo com Cerqueira, 90% dos quartos da rede hoteleira do Rio de Janeiro foram reservados pelo Comitê Olímpico para delegações e turistas estrangeiros, e 10% estão sendo reservados diretamente com clientes ou agências de viagem. Por isso, ele aposta na oportunidade de os motéis acolherem os turistas, principalmente os que ficam mais próximos dos locais onde haverá competições.
O diretor lembrou que movimento semelhante ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92, e na Copa de 2014. "Em vários eventos grandes, os motéis foram usados também [para hospedagem]".
A maioria dos motéis fez reformas nas instalações para poder receber os turistas. Muitos também promoveram cursos de capacitação e treinamento com funcionários para aprimorar o atendimento. Em todo o estado do Rio de Janeiro, há 300 motéis, sendo 182 na capital.
Para Cerqueira, a expectativa é que a ocupação dos motéis da cidade do Rio de Janeiro aumente em torno de 40% a 50%. Com a crise econômica, a motelaria está sofrendo as mesmas dificuldades registradas na hotelaria. “Estamos com a ocupação abaixo de 50%, na média", afirma.
É o caso do motel Corinto, localizado no bairro de Vila Isabel, zona norte do Rio, onde a maioria dos quartos estão reservados para o evento, conforme informou a gerente de reservas do estabelecimento, Christiane Kilesse. Das 92 unidades, 55 foram destinadas para turistas, incluindo famílias. O motel fez a experiência na Copa do Mundo e decidiu repetir na Olimpíada.
Christiane afirma que, há dois anos, foi implantado um sistema de hotelaria, com a cobrança de diárias para atender clientes corporativos e agências de turismo. A decoração foi alterada “para tirar aquela imagem de motel” e os canais com filmes eróticos são bloqueados para famílias.
De acordo com a gerente, um dos principais atrativos é a proximidade com o Maracanã, onde ocorrerão as cerimônias de abertura e encerramento e os jogos de futebol masculino e feminino, e a facilidade de acesso para outras regiões da cidade. “Não tem mais o estigma de ficar hospedado em um motel, e não em hotel”, afirma Christiane. “O próprio brasileiro está vencendo esse preconceito”.
Outro motel que também irá receber turistas é o Nosso Hotel, situado na Avenida Niemeyer, zona sul da cidade. Segundo a gerente Márcia Costa, os 43 quartos estão reformados e há camas dobráveis, o que permite alojar uma terceira pessoa. "É bem diferente hoje o atendimento de motel. Mudou muito”, diz.
As duas gerentes informaram que serão mantidas entradas e garagens privativas para os clientes tradicionais.
OPORTUNIDADES
O diretor regional do Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), Antonio Cerqueira, estima que a procura por hospedagem para os Jogos Olímpicos deve crescer a partir deste mês.
De acordo com Cerqueira, 90% dos quartos da rede hoteleira do Rio de Janeiro foram reservados pelo Comitê Olímpico para delegações e turistas estrangeiros, e 10% estão sendo reservados diretamente com clientes ou agências de viagem. Por isso, ele aposta na oportunidade de os motéis acolherem os turistas, principalmente os que ficam mais próximos dos locais onde haverá competições.
O diretor lembrou que movimento semelhante ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra ou Rio 92, e na Copa de 2014. "Em vários eventos grandes, os motéis foram usados também [para hospedagem]".
A maioria dos motéis fez reformas nas instalações para poder receber os turistas. Muitos também promoveram cursos de capacitação e treinamento com funcionários para aprimorar o atendimento. Em todo o estado do Rio de Janeiro, há 300 motéis, sendo 182 na capital.
Para Cerqueira, a expectativa é que a ocupação dos motéis da cidade do Rio de Janeiro aumente em torno de 40% a 50%. Com a crise econômica, a motelaria está sofrendo as mesmas dificuldades registradas na hotelaria. “Estamos com a ocupação abaixo de 50%, na média", afirma.
*Fonte: Agência Brasil