Savia Reis   |   29/10/2013 18:07

"Controlar preços de passagem é retrocesso”

Aconteceu hoje na sede da representação do Ministério do Esporte, em São Paulo, uma reunião sobre os direitos do consumidor na Copa 2014, encabeçada pelo Ministério da Justiça. Também em âmbito federal, fazem parte do projeto: Ministério do Turismo

Aconteceu hoje na sede da representação do Ministério do Esporte, em São Paulo, a reunião sobre os direitos do consumidor na Copa 2014, encabeçada pelo Ministério da Justiça. Também em âmbito federal, fazem parte do projeto, o Ministério do Turismo, da Saúde, dos Esportes, de Transporte, da Aviação Civil, além de Infraero, Embratur, Anac e Avisa. O mesmo evento acontecerá em todas as 12 cidades-sede da Copa 2014.

A ideia do encontro é preparar ações com ênfase na prevenção de eventuais conflitos de consumo durante o período da Copa 2014 na cidade de São Paulo. Para tanto, participaram ainda da reunião órgãos de defesa do consumidor, como Procon, secretarias de Turismo, da Copa, de Transporte, e de Vigilância Sanitária. Do trade local, associação de hotéis, como Fohb e ABIH, de bares e restaurantes, e de agências de viagens também estiveram presentes. “Queremos que os nossos visitantes estejam protegidos. O turismo envolve várias relações de consumo e temos que estabelecer um diálogo comum entre todos”, explica a secretária nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira.

Os temas da reunião foram: locais de retiradas de ingressos, alimentação e bebidas, transporte urbano e interestadual, elaboração de material educativo, curso de direitos do consumidor aos agentes públicos. Transporte aéreo e hospedagem foram os principais destaques do encontro. “A lei da oferta e da procura é linda, mas passagem aérea por R$ 3 mil na ponte aérea é abuso. Controlar preços é retrocesso, mas bom senso e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Na hotelaria, temos hotéis com preços altíssimos e com qualidade horrorosa. Precisamos identificar os problemas”, disse Juliana. “Não toleraremos abusos e, por isso, faremos monitoramento de preços e qualidade de serviços na Copa de 2014. Proteger o consumidor é desenvolvimento”, completou a secretária.

No entanto, de acordo com os representantes da ABIH-SP e Fohb, Bruno Omori e Flávia Matos, respectivamente, a principal preocupação é ocupar os hotéis, uma vez que a cidade de São Paulo tem por característica o turismo corporativo. “Vamos ter muita oferta durante a Copa”, disse Omori, que citou o Hotel Jaraguá, no centro da cidade. “O empreendimento tem procura em maio e em agosto. Ele estará totalmente disponível para a Copa”, explicou.

“Se São Paulo terá excesso de oferta, vamos instalar a competitividade e não utilizar a imagem de extorsão”, rebateu a secretária. “O nosso maior legado é mostrar que a cidade é civilizada e vamos contar com o trade desde o aeroporto, táxi, hotel, restaurantes, bares, para praticar preços honestos e não matar as galinhas dos ovos de ouro”, explicou Oswaldo Napoleão, da Prefeitura de São Paulo.

De acordo com Carolina Fontes, do Comitê da Copa do Estado de São Paulo, a entidade vai lançar, ainda este mês o Guia de Orientação Local (Gol).“O impresso é destinado para quem vai receber o turista”, disse. Outra ideia surgida no encontro é de agregar o Procon-SP, seja em esfera estadual ou municipal, para participar do comitê da Copa em São Paulo. “Nosso foco é integrar as ações para prevenção e a resolução rápida de futuros problemas, estamos dispostos e temos agenda para participar do Comitê”, concluiu Paulo Góes, do Procon-SP.

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