Renato Machado   |   16/08/2017 12:30

O perfil do brasileiro que viajou para os EUA em 2016

Viagens de lazer, com idas às compras e duração de dez dias é um resumo que funciona na maioria dos casos

Pixabay
Reflexo da instabilidade econômica do País, o número de brasileiros em visita aos Estados Unidos e seus gastos durante estas viagens caíram em 2016. Porém, segundo levantamento do Departamento de Comércio daquele país, o perfil desse turista não sofreu grandes alterações: lazer, com idas às compras e duração de dez dias é um resumo que funciona na maioria dos casos.

Já quem ganhou relevância, segundo os números, foi o agente de viagens. Um dos itens pesquisados foi a fonte de informações para o planejamento da viagem (calculada em múltiplas respostas, ou seja, soma dos itens superior a 100%). Dentre todas as respostas, apenas o agente de viagens teve crescimento na comparação com 2015. A singela variação positiva de 0,9 ponto percentual ganha peso se colocada ao lado das quedas de recomendações pessoais (-1, p.p), OTAs (-2,1) e guias de viagem (-3,1).

A posição das fontes de informação, no entanto, não alterou. O ranking neste quesito segue com a liderança das companhias aéreas (58% das respostas), seguida de recomendações pessoais (43%), OTAs (33%), escritório governamental de Turismo (20%) e agentes de viagens (17%).

MOTIVOS DA VIAGEM
Quando a pergunta é sobre o principal motivo da viagem, 70% responderam “lazer/férias” (queda de 3,1 p.p.). Segundo colocado, “visita a amigos/família” cresceu 3,1 pontos, fechando o ano com 12% das viagens. Com aumento em “negócios” (0,1) e “convenções” (0,8), dois itens independentes na pesquisa, o corporativo teria a virtual segunda colocação, com 14% (8% em “negócios”, 6% em “convenções”).

Considerando-se as respostas em múltipla escolha, o crescimento de “visitas a amigos/parentes” é ainda maior (4 pontos percentuais), enquanto que a queda de “lazer/férias” não é tão acentuada (-2,6 pontos). Variações que não são suficientes para alterar o ranking, que se mantém com “lazer/férias” na liderança (76%), seguido por “visitas a amigos/parentes” (23%), “negócios” (11%), “convenções” (8%) e “educação” (6%).

ATIVIDADES
Que o brasileiro aproveita a visita aos Estados Unidos para fazer compras, isso não é novidade. A atividade segue líder disparada do ranking (de múltiplas escolhas nesta categoria) com 88% das viagens, apesar de queda de 0,6 p.p. Duas variações chamam atenção no top 3: sightseeing (75%), que cresceu 5,8 pontos; e parques temáticos (45%), que caiu 5,6.

Ir à balada, aparentemente, não está em alta entre os brasileiros que turistam por lá. Em 2015, o item figurava na quinta colocação do ranking, como uma das atividades feitas por 33% dos viajantes. No ano passado, este valor caiu bruscamente, descendo 14,8 ppontos percentuais e fechando 2016 com 18% das viagens e amargando a 9ª colocação.

TRANSPORTE

A locomoção deste turista pelos Estados Unidos (com resultados também em múltipla escolha) foi feita com carros alugados por 46% dos viajantes. Apesar da liderança, o quesito teve baixa de 9 pontos em relação a 2015. “Carros privados/companhias”, com 37% (+4,7); “voos regionais dentro dos EUA”, com 27% (+3,6); e “metrô/ônibus”, com 22% (+1,7) completam a lista.
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O uso de táxi caiu da terceira para a quinta colocação, saindo de 24% para 21% das viagens. Não contabilizados em 2015, serviços como Uber representaram, em 2016, 9%.

PLANEJAMENTO
Planejamento e duração da viagem se mantiveram, na média, rigorosamente iguais de 2015 para 2016. A decisão de viajar foi feita 90 dias antes do embarque e o período nos Estados Unidos foi de dez dias. O promédio de reservas em hotel foi de 11 noites.

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