Antonio R. Rocha   |   30/01/2017 17:33

Após quase 20 anos, atração em Natal pode sair em 2017

Museu da rampa está orçado em R$ 8,7 milhões deve abordar Segunda Guerra Mundial; entenda


Na foto de cima, a situação atual da área. Embaixo, o projeto de como ficará o Complexo Cultural da Rampa
Na foto de cima, a situação atual da área. Embaixo, o projeto de como ficará o Complexo Cultural da Rampa

O Complexo Cultural da Rampa, equipamento turístico-cultural prometido pelos governantes do Rio Grande do Norte há quase 20 anos, mas que não teve continuidade ao longo do tempo (pelo contrário, houve desdém), terá suas obras, finalmente, iniciadas nesta semana. A estimativa de conclusão é bastante otimista: até o final do ano. O equipamento está orçado em R$ 8,7 milhões.

A ideia é que o Museu da Rampa, como já se tornou conhecido mesmo antes de funcionar, seja também uma atração turística, sobretudo para o visitante norte-americano, já que a história da Segunda Guerra Mundial está intimamente relacionada ao local. A rampa para hidroaviões no rio Potengi foi ponto obrigatório para aviadores que atravessaram o Atlântico Sul entre 1920 e 1940.

A posição estratégica de Natal, no “cotovelo” da América do Sul, também serviu como referência durante a Segunda Guerra Mundial, sendo o ponto para pouso de aterrissagem de aeroplanos e hidroaviões norte-americanos.

As obras do complexo foram iniciadas em 2013 e se encontravam paradas desde 2014, o que sempre foi alvo de muitas críticas pela imprensa de Natal. O motivo alegado foi o fato de a construtora responsável pela execução do projeto garantir que havia erro de cálculo nas vigas que sustentariam o Memorial do Aviador.

Foi necessário um longo período para reelaboração da estrutura e de toda a burocracia para reavaliação do projeto e liberação dos recursos junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e à Caixa Econômica Federal.

As obras serão retomadas com 30% do projeto concluído. São, ao todo, 28 projetos independentes, desde paisagismo, concepção visual e acústica, até questões de patrimônio histórico, museologia e restauração.

A área construída corresponde a 13 mil m², com destaque para o Memorial do Aviador, dotado de recepção, bilheteria, auditório para 126 pessoas, espaço em homenagem aos aviadores e área para promoção de eventos culturais.

No espaço total do complexo constará ainda área de exposição temporária e de exposição permanente (acervo ligado à história da aviação e da 2ª Guerra Mundial), bar temático (American Bar) e loja de souvenir.

Haverá também espaço externo com área de contemplação do Rio Potengi, estacionamento para 85 carros, serviços de táxis e de guias, locais para ônibus de turismo, píer à beira-rio e outros equipamentos.

Por ser o ponto das Américas mais próximo à África, Natal sediou filiais das principais companhias áreas do mundo, tendo nas margens do rio Potengi algumas rampas (daí o nome do museu) de hidroaviões de empresas da Alemanha, França, Itália e Estados Unidos.

Há uma foto célebre do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, em passagem pela Rampa durante a Segunda Guerra Mundial. Certamente, será um dos destaques no acervo do museu.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados