Taxações do governo freiam a aviação, dizem CEOs
BRASÍLIA - O discurso não é novidade, porém foi reforçado uma vez mais durante o Aviation Day Brasil, evento realizado nesta quinta-feira, em Brasília, pela Iata. Fechando o encontro que debateu os rumos e expectativas para a aviação nacional,
BRASÍLIA - O discurso não é novidade, porém foi reforçado uma vez mais durante o Aviation Day Brasil, evento realizado nesta quinta-feira, em Brasília, pela Iata. Fechando o encontro que debateu os rumos e expectativas para a aviação nacional, os presidentes das maiores companhias aéreas do País se reuniram para fazer um balanço e também expor suas perspectivas futuras.
A discussão acerca das taxações exorbitantes, principalmente de operação nos aeroportos concedidos à iniciativa privada e no querosene da aviação, deu o tom do debate. A presidente da Latam, Claudia Sender, evidenciou, em poucas palavras como o recuo nos impostos do combustível trariam efeitos positivos imediatos ao segmento. Segundo ela, “40% do nosso custo vem do preço do querosene da aviação. Reduzindo o preço do querosene, conseguimos mais voos, mais voos significa mais desenvolvimento, mais desenvolvimento traz maior geração de renda”.
O mandatário da Azul Linhas Aéreas, Antonoaldo Neves, citou “problemas graves nas concessões dos aeroportos”. “Primeiro você tem um modelo que incentiva a outorga e isso no fim vira tarifa para os clientes. Ele incentiva o aumento do custo visando a maior arrecadação do governo, não promove o setor sob a ótica tarifária”, iniciou. “Segundo é a forma como o risco é alocado. Se nós temos algum tipo de problema com o aeroporto, não há instrumento para cobrar pelo serviço que eu não estou tendo. O risco está muito mal alocado”, concluiu.
Não faltaram elogios aos avanços na infraestrutura dos aeroportos que sofreram concessão, deve-se pontuar. “Não posso negar que houve melhorias”, concordou o CEO da Avianca Brasil, Frederico Pedreira. “Acredito que o problema do preço exagerado que somos cobrados vem porque no momento das negociações houve preços pagos que não fizeram muito sentido. Hoje quem paga esse preço são as companhias e os passageiros”, afirmou. Pedreira ainda salientou que “há muito trabalho a ser feito a nível de infraestrutura. Houve passos positivos, mas há ainda muito aeroporto que precisa de investimentos”.
Sobre modelos de liberdade tarifária disponíveis no mercado, o presidente e CEO da Gol, Paulo Kakinoff, crê que “há um potencial a ser capturado, benéfico para todos. Pode intensificar a competição que é o mais eficaz, senão único, dispositivo para a manutenção de tarifas em patamares baixos”. O executivo defende que a luta das aéreas por maior liberdade na organização da aviação deveria se dar em um espaço objetivamente criado para isso. “A gente precisa de um fórum, de um grupo, com capacidade, competência e especialmente com poder de decisão. O maior desafio é não ter uma agenda com os principais stakeholders dialogando”, concluiu.
A discussão acerca das taxações exorbitantes, principalmente de operação nos aeroportos concedidos à iniciativa privada e no querosene da aviação, deu o tom do debate. A presidente da Latam, Claudia Sender, evidenciou, em poucas palavras como o recuo nos impostos do combustível trariam efeitos positivos imediatos ao segmento. Segundo ela, “40% do nosso custo vem do preço do querosene da aviação. Reduzindo o preço do querosene, conseguimos mais voos, mais voos significa mais desenvolvimento, mais desenvolvimento traz maior geração de renda”.
O mandatário da Azul Linhas Aéreas, Antonoaldo Neves, citou “problemas graves nas concessões dos aeroportos”. “Primeiro você tem um modelo que incentiva a outorga e isso no fim vira tarifa para os clientes. Ele incentiva o aumento do custo visando a maior arrecadação do governo, não promove o setor sob a ótica tarifária”, iniciou. “Segundo é a forma como o risco é alocado. Se nós temos algum tipo de problema com o aeroporto, não há instrumento para cobrar pelo serviço que eu não estou tendo. O risco está muito mal alocado”, concluiu.
Não faltaram elogios aos avanços na infraestrutura dos aeroportos que sofreram concessão, deve-se pontuar. “Não posso negar que houve melhorias”, concordou o CEO da Avianca Brasil, Frederico Pedreira. “Acredito que o problema do preço exagerado que somos cobrados vem porque no momento das negociações houve preços pagos que não fizeram muito sentido. Hoje quem paga esse preço são as companhias e os passageiros”, afirmou. Pedreira ainda salientou que “há muito trabalho a ser feito a nível de infraestrutura. Houve passos positivos, mas há ainda muito aeroporto que precisa de investimentos”.
Sobre modelos de liberdade tarifária disponíveis no mercado, o presidente e CEO da Gol, Paulo Kakinoff, crê que “há um potencial a ser capturado, benéfico para todos. Pode intensificar a competição que é o mais eficaz, senão único, dispositivo para a manutenção de tarifas em patamares baixos”. O executivo defende que a luta das aéreas por maior liberdade na organização da aviação deveria se dar em um espaço objetivamente criado para isso. “A gente precisa de um fórum, de um grupo, com capacidade, competência e especialmente com poder de decisão. O maior desafio é não ter uma agenda com os principais stakeholders dialogando”, concluiu.