Abear: tarifa aérea vai diminuir com novas normas
O presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, inclusive, adota a polêmica medida como “desregulamentação” da franquia.
A novela envolvendo a cobrança ou não de bagagem despachada na aviação brasileira tem dado discussões de sobra. O presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, considera a polêmica medida uma “desregulamentação” da franquia de bagagens.
Logo após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciar as novas Condições Gerais de Transporte Aéreo (CGTA), o Senado barrou esse item da agenda. Após a aprovação unânime da Casa, a demanda irá passar pela Câmara.
Em entrevista exclusiva ao Portal PANROTAS, Sanovicz afirmou acreditar que essa prática no Brasil é feita de forma não transparente com o consumidor.
“Desregulamentar significa que [a bagagem] passa a ser tratada como o lanche a bordo. É mais um instrumento de diferenciação do produto. Uma empresa cobra, outra não cobra. Uma serve lanche, outra refeição quente e outra snack. São produtos diferentes para o cliente optar”, afirmou.
Segundo ele, a Anac tem dado um passo a fim de retomar a “lição de casa” iniciada em 2002, quando, com a liberação tarifária, as empresas aéreas passaram a definir o preço de suas passagens.
Na visão dele, entidades que querem revogar a norma da bagagem têm referências do passado da aviação. “A bagagem é cobrada como era nos anos 1960, 1970, quando a tarifa média era superior a R$ 700 e menos de 25 milhões de brasileiros viajavam”, continuou, acrescentando que o valor do médio aéreo está na casa de R$ 300 e o número de viajantes quadruplicou de lá para cá.
Em relação ao embate de diminuição ou não diminuição do preço da passagem, o presidente da Abear é taxativo. “Eu garanto que vai [baixar o valor do tíquete]. A aviação é um modal extremamente regulamentado. Os números são públicos e as informações estão visíveis para todos. O setor tem uma história documentada e os dados estão lá. Eu afirmo que essa mudança cria uma nova classe de preços e tarifas”, disse, porém, sem quantificar a possível mudança nos preços.
VALE UM DESCONTO?
O viajante corporativo é o principal cliente das transportadoras aéreas, e com uma particularidade: muitas vezes realiza viagens rápidas e não necessariamente carrega malas. Em contrapartida, Sanovicz desconsidera a ideia de as empresas aéreas oferecerem um valor diferenciado a ele. “Arrumar subterfúgios não é a melhor forma de atender ao consumidor.”
Além disso, nas palavras dele, essa adoção teria pouco efeito, pois metade dos brasileiros viaja sem bagagem, citando dados da Anac.
Ele, que à frente da entidade trabalha com Avianca, Azul, Gol e Latam, acredita que a cobrança de franquia não tem a finalidade de contribuir com a saúde financeira das aéreas brasileiras, e sim a de dar continuidade na agenda do setor.
Ao ser questionado sobre o eventual “não” da Câmara ao pagamento de bagagens, Sanovicz lamenta o avanço de um “retrocesso” e diz que cabe à Abear seguir a decisão. “Trabalhamos para voar a preços acessíveis. O preço [da passagem] caiu pela metade em 15 anos. Queremos criar tarifas ainda mais acessíveis”, finalizou, citando mais um imbróglio, agora com o ICMS sobre o querosene, como outro dificultador.
Logo após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciar as novas Condições Gerais de Transporte Aéreo (CGTA), o Senado barrou esse item da agenda. Após a aprovação unânime da Casa, a demanda irá passar pela Câmara.
Em entrevista exclusiva ao Portal PANROTAS, Sanovicz afirmou acreditar que essa prática no Brasil é feita de forma não transparente com o consumidor.
“Desregulamentar significa que [a bagagem] passa a ser tratada como o lanche a bordo. É mais um instrumento de diferenciação do produto. Uma empresa cobra, outra não cobra. Uma serve lanche, outra refeição quente e outra snack. São produtos diferentes para o cliente optar”, afirmou.
Segundo ele, a Anac tem dado um passo a fim de retomar a “lição de casa” iniciada em 2002, quando, com a liberação tarifária, as empresas aéreas passaram a definir o preço de suas passagens.
Na visão dele, entidades que querem revogar a norma da bagagem têm referências do passado da aviação. “A bagagem é cobrada como era nos anos 1960, 1970, quando a tarifa média era superior a R$ 700 e menos de 25 milhões de brasileiros viajavam”, continuou, acrescentando que o valor do médio aéreo está na casa de R$ 300 e o número de viajantes quadruplicou de lá para cá.
Em relação ao embate de diminuição ou não diminuição do preço da passagem, o presidente da Abear é taxativo. “Eu garanto que vai [baixar o valor do tíquete]. A aviação é um modal extremamente regulamentado. Os números são públicos e as informações estão visíveis para todos. O setor tem uma história documentada e os dados estão lá. Eu afirmo que essa mudança cria uma nova classe de preços e tarifas”, disse, porém, sem quantificar a possível mudança nos preços.
VALE UM DESCONTO?
O viajante corporativo é o principal cliente das transportadoras aéreas, e com uma particularidade: muitas vezes realiza viagens rápidas e não necessariamente carrega malas. Em contrapartida, Sanovicz desconsidera a ideia de as empresas aéreas oferecerem um valor diferenciado a ele. “Arrumar subterfúgios não é a melhor forma de atender ao consumidor.”
Além disso, nas palavras dele, essa adoção teria pouco efeito, pois metade dos brasileiros viaja sem bagagem, citando dados da Anac.
Ele, que à frente da entidade trabalha com Avianca, Azul, Gol e Latam, acredita que a cobrança de franquia não tem a finalidade de contribuir com a saúde financeira das aéreas brasileiras, e sim a de dar continuidade na agenda do setor.
Ao ser questionado sobre o eventual “não” da Câmara ao pagamento de bagagens, Sanovicz lamenta o avanço de um “retrocesso” e diz que cabe à Abear seguir a decisão. “Trabalhamos para voar a preços acessíveis. O preço [da passagem] caiu pela metade em 15 anos. Queremos criar tarifas ainda mais acessíveis”, finalizou, citando mais um imbróglio, agora com o ICMS sobre o querosene, como outro dificultador.