Governo pode privatizar Congonhas e Santos Dumont
Presidente interino, Michel Temer, disse em entrevista publicada no domingo (10) na Folha de S. Paulo que o governo visa privatizar aeroportos do Sudeste para aumentar a arrecadação e cumprir a meta fiscal para 2017, por conseguinte
Em busca de novos recursos para reduzir o rombo nas contas federais, cuja previsão é de deficit de R$ 139 bilhões para 2017, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o governo estuda privatizar aeroportos em São Paulo e no Rio de Janeiro - mais especificamente Congonhas e Santos Dumont.
Em entrevista ao jornal no domingo (10), Temer sinalizou o interesse. "É possível que venhamos a privatizar, vai ser analisado, Congonhas e Santos Dumont, o que deve dar uma boa soma", disse sobre os aeroportos que juntos formam a rota mais movimentada do País, a ponto Rio-São Paulo.
Uma eventual privatização dos aeroportos era uma ideia sem apoio no governo Dilma Rousseff que ganhou força no pacote de concessões atualmente montado pelo governo interino, conforme lembra o jornal. Inicialmente, poderiam ser vendidos apenas quatro unidades, ainda em 2016, sendo elas em Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza.
Juntos, estes aeroportos renderiam ao menos R$ 4,1 bilhões em receitas.
Até o momento, seis aeroportos já foram concedidos à iniciativa privada. Juntos, Galeão (RJ), Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Juscelino Kubitschek (DF), São Gonçalo do Amarante (RN) e Confins (MG) representam 45% do fluxo de passageiros.
MODELO DE CONCESSÃO
Na entrevista com o presidente interino, o jornal diz que há dois modelos para os aeroportos do Sudeste em questão: um que envolve a venda do controle com a Infraero sócia minoritária e outro com uma gestão privada das unidades com controle acionário nas mãos da estatal. Seriam abertas empresas para administrar os aeroportos com uma holding da Infraero tendo 51% do capital.
Nelas, o novo sócio privado seria majoritário e o responsável pela gestão, explica a Folha.
*Fonte: Folha de S.Paulo