Aéreas terão de reduzir voos domésticos, diz pesquisa

A 12ª edição da Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, realizada pelo Ministério do Turismo e pela Fundação Getúlio Vargas no período de janeiro a março deste ano, revelou que as companhias aéreas terão de reduzir a frequência de voos domésticos devido às constantes quedas na demanda registradas nos últimos meses, que fazem com que o custo de transporte se torne insustentável, considerando-se que no Brasil 40% do valor de cada passagem paga é destinado ao custo do querosene de aviação, enquanto no Exterior a média é de 28%.

Cerca de 20% dos entrevistados do setor relataram aumento no faturamento obtido no ano passado, enquanto 80% registraram redução. Para este ano, o pessimismo em relação à evolução dos negócios é registrado em 63% do mercado em pauta, e estabilidade em 37%, gerando um saldo de -63%, com variação prevista de -7,1%, fato que deve induzir as empresas de transporte aéreo a diminuírem a oferta de assentos e a reduzirem o quadro de funcionários (saldo de -80%, com variação de -3,3%).



Pouco mais da metade do mercado consultado (precisamente 52%) manifestou intenção de investir neste ano, sendo de 3% do faturamento global o montante de recursos previstos para esse fim. A programação de investimentos segundo a área/atividade a ser beneficiada será a de adoção de novas tecnologias.



PERFIL DOS PASSAGEIROS
No que diz respeito ao perfil de passageiros, a demanda do mercado de transporte aéreo brasileiro é segmentada em, aproximadamente, 55% referentes ao corporativo e 45% relativos a viagens a lazer. O número de passageiros transportados em 2015 foi de 139,6 milhões, e no que concerne à segmentação do mercado, 94% correspondem ao nacional, enquanto 6% ao internacional.

Todo o mercado de transporte aéreo pesquisado realizou investimentos no ano passado, sendo de 7,2% o percentual de recursos destinados a essa finalidade, em relação ao faturamento global. As áreas/atividades que foram beneficiadas prioritariamente pelos investimentos realizados pelas empresas desse segmento em 2015 foram as seguintes: ampliação e/ou reforma da frota, e adoção de novas tecnologias.