Filip Calixto   |   06/05/2022 17:50

Faturamento dos associados BLTA aumentou 47% em 2021

Os 50 empreendimentos de luxo membros da entidade faturaram R$ 1,8 bilhão

PANROTAS / Emerson Souza
Simone Scorsato, CEO da BLTA
Simone Scorsato, CEO da BLTA
Com protocolos renovados e tirando proveito de uma demanda que ficou represada por mais de um ano, a hotelaria de luxo do Brasil já deixou para trás o calvário ocasionado pelo cenário de pandemia. Depois de uma temporada de dificuldades, em 2020, os 50 empreendimentos de luxo associados à BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) fecharam 2021 com faturamento de R$ 1,8 bilhão, o que representa aumento de 47,2% na comparação com o que a mesma base havia faturado durante todo o ano de 2019, antes de a covid-19 assolar o setor.

Os dados de faturamento foram apontados por um levantamento feito pela própria BLTA, em parceria com o Senac, e surpreenderam a CEO da associação, Simone Scorsato. “Ainda que já soubéssemos, no meio do ano, que a ocupação dos hotéis associados estava alta, os resultados nos surpreenderam bastante”, revela a executiva. A tendência de bons indicativos de ocupação nos empreendimentos afiliados à BLTA se confirmou ao final do ano.

De acordo com o relatório anual, que será lançado em alguns dias, a taxa média de ocupação dos hotéis ficou em 59,5% no acumulado dos 12 meses. Mais uma vez superando o balanço de 2019, quando a média anual foi de 52,5% - em 2020 esse número caiu para 24,23%. "Acho muito difícil termos números assim novamente daqui para frente, mas estou na esperança", apontou Simone, revelando que, em um cenário com mais possibilidades para os viajantes, com a reabertura da maioria das fronteiras, os índices nacionais voltem ao patamar anterior à pandemia, pela concorrência de internacional. Em uma análise mais detida sobre o desempenho do ano passado, BLTA e Senac dividiram os hotéis por segmento para entender como se comportam essas ofertas.

REDESCOBERTA DO BRASIL
Os dados são compreendidos pela CEO da BLTA como uma demonstração de como o brasileiro é um cliente com potencial para o mercado de luxo nas hospedagens. "Esse viajante redescobriu o Brasil, e descobriu também, uma vez que produtos até então desconhecidos foram apresentados pela ocasião. Os dados também mostram que, em um contexto de pandemia, o segmento de luxo impulsionou a qualidade dos produtos", considera Simone.

De acordo com ela também é possível observar que com mais clientes acessando as ofertas de hotéis de luxo, a busca por melhor atendimento aumentou. "Isso tudo é muito significativo", conclui. Vale lembrar que, além dos 50
hotéis, a BLTA agrega também cinco operadoras DMC com foco no receptivo internacional. Essas empresas, ao lado de quatro hotéis associados, foram as únicas do levantamento que não relataram crescimento de faturamento. Os demais tiveram alta variando entre 20% e 80%.

REVISTA PANROTAS
Esta matéria é integrante da Revista PANROTAS EDIÇÃO ESPECIAL LUXO 2022, que circula esta semana. Leia toda a edição na versão digital a seguir:

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