Koin, da Decolar, capta R$ 36 milhões para ampliar crédito no Turismo
Funding será usado para incrementar a área de antecipação de recebíveis de lojistas do setor
A Koin, fintech da Decolar especializada em soluções de Buy Now Pay Later, captou R$ 36,6 milhões por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) com o objetivo de crescer a operação de crédito ao consumo. A operação foi estruturada e distribuída pelo banco Itaú.
De acordo com o CFO da Koin, Daniel Lozano García, o funding vai ser usado para incrementar a área de antecipação de recebíveis de lojistas do setor de Turismo. “É o primeiro FIDC para fomentar o acesso ao crédito para compras on-line relacionadas ao serviço de Turismo no Brasil”, destaca. Com um time de mais de 350 pessoas, distribuídas pelo Brasil, México, Argentina, Colômbia e Uruguai, a empresa atua em toda a América Latina.
O que são FIDCs?
Os FIDCs são fundos de investimento que destinam acima de 50% do seu patrimônio líquido em aplicações nos chamados direitos creditórios. Nessa operação, a Koin é originária dos direitos creditórios e exerce a função de agente de cobrança do fundo, com o objetivo de prover financiamentos dentro do BNPL (com recebíveis não provenientes de cartão de crédito).
Com o FIDC, a Koin pretende ampliar a base de consumidores que acessam o crédito para consumo, por meio do BNPL. A modalidade permite que os clientes comprem o produto ou serviço e paguem por ele depois, de forma parcelada. “É um financiamento de curto prazo ao consumidor, no qual o valor total da compra é repassado à empresa e o cliente divide os pagamentos, sem comprometer o limite do cartão de crédito, porque os pagamentos podem ser realizados com pix e boleto, por exemplo”, explica o executivo.
A captação vem em linha com a estratégia da fintech que, após atingir o breakeven em 2023, se prepara para a segunda fase de expansão este ano, que envolve crescer a oferta de serviços antifraude na América Latina. “Nossa expectativa é de maior apetite de consumo da população, em razão da redução da taxa básica de juros no Brasil, o que tende a impulsionar o e-commerce em volume e tíquete médio, exigindo plataformas de transações cada vez mais seguras e simples”, destaca. Além disso, a fintech reforçou as áreas de operações, bem como seu motor de crédito proprietário, que envolve toda a tecnologia e a inteligência responsável pela automatização dos processos de decisão. “Queremos proporcionar uma experiência de compra mais fluida para os consumidores dos nossos parceiros”, complementa.