CCO da Travelport visita agências no Brasil e volta otimista aos EUA
Jason Toothman visitou BeFly, a BRT, a Copastur e CVC Corp, falou sobre o modelo brasileiro e perspectivas
O CCO da Travelport, Jason Toothman, veio recentemente dos Estados Unidos para sua primeira visita estratégica ao Brasil desde que ingressou na companhia de tecnologia para o Turismo, em fevereiro de 2020. Esteve com o diretor da empresa na América Latina, Luis Carlos Vargas, e sua equipe, e visitou os melhores parceiros da Travelport no País, dentre os quais a BeFly, a BRT, a Copastur e a CVC Corp.
Do novo escritório da Travelport na avenida paulista, Toothman diz que gostou do que viu no Brasil em termos de retomada do Turismo e se animou ao finalmente poder estar próximo de líderes da indústria. Para ele, a maneira de fazer negócios aqui é única no mundo e essa característica é sinônimo de um terreno fértil para que uma traveltech possa fazer negócios.
PREVISÃO DE AQUISIÇÕES E PARCERIAS
"É pura oportunidade para nós de fazermos os negócios serem ainda mais eficientes dentro de suas características. A consolidação da maneira que é feita aqui é algo único. A BeFly, com a Flytour Consolidadora e a Flytour Business Travel, é um exemplo. Acho muito interessante essa criação de multicanalidade por meio de aquisições e acredito que veremos mais negócios como esse, mais aquisições e parcerias daqui para frente, conforme o mercado se recupera. Estamos falando de mais ecossistemas integrados", afirmou Toothman em entrevista ao Portal PANROTAS, na qual enfatizou a importância do Travelport+ na atuação da empresa no varejo de Viagens e Turismo.
TRAVELPORT+
"Considerando o status atual da indústria e sua recuperação, estamos vendo muitas oportunidades com o Travelport+, pois para nós esse é o futuro do varejo de viagens e tecnologia. Nesse, que é um produto acessível a agente de viagens, convergimos três sistemas centrais em uma única plataforma, e o usuário recebe conteúdos de todos os fornecedores, seja das companhias aéreas, seja dos hotéis, das operadoras, das locadoras e fornecedores multiprodutos", afirma o executivo.
"Nós criamos um ambiente em que eles possam acessar para seus clientes no momento da vendas. Assim, permitimos que eles criem capacidade de varejo, adicionem seus markups, criem pacotes, façam vendas mais complexas. É a simplificação para oferecer a melhor proposta que os viajantes demandam."
Na visão dele, o Travelport+ é a nova geração de distribuição de viagens. Foi pegar o melhor conteúdo de cada plataforma da empresa, incluindo o Galileo, e colocar em um só ambiente. Ele promete mais recursos nesta empresa logo no começo de 2023, como facilitar o complexo modelo de reembolsos, precificação e câmbio das TMCs, além de uma interação melhor com o fornecedor.
NDC
Por falar em relacionamento com o fornecedor, um dos maiores focos da Travelport, segundo o CCO, é o New Distribution Capability (NDC), mais recente padrão tecnológico de distribuição de viagens, liderado pela IATA.
"A Travelport está na vanguarda em negociar e entregar NDC. Temos 20 companhias aéreas ao redor do mundo que já assinaram conosco, várias delas estão em negociação avançada. Mercados de mais de 100 países poderão ter acesso ao NDC com a Travelport até o fim de 2022, o que é uma das áreas primárias de negociação que buscamos capitalizar na Travelport. Viabilizamos um fluxo de trabalho melhor e permitiremos que os agentes deem a seus clientes a melhor combinação de conteúdo possível em toda a jornada de viagem", promete Toothman.
Segundo ele, esse foi um dos pontos mais demandados pelos distribuidores visitados pela Travelport no Brasil. "As companhias aéreas estão criando um produto bem mais diversificado e dinâmico com o NDC. Não há dúvida de que a personalização em uma experiência aérea nunca foi tão grande", pondera o executivo.
Como exemplos de ancillaries que o NDC oferece, ele menciona a dinâmica de programas de fidelidade dos viajantes corporativos frequentes. "Cada viajante aplicará suas regras, já de acordo com as limitações de sua política de viagens corporativas. Em muitas empresas há executivos com enorme frequência de viagens e outros que embarcam bem menos em jornadas a trabalho. O NDC é capaz de reconhecer essa oferta variada, dinâmica, e pode modificar a experiência de compra a partir dessa informação.